MADRID 5 jul. (EUROPA PRESS) -
Neste sábado, milhares de manifestantes israelenses saíram às ruas mais uma vez para exigir que o governo chegue a um acordo abrangente com a devolução de todos os reféns sequestrados na Faixa de Gaza e não a um acordo parcial, com a libertação de metade dos reféns, como consta no último rascunho vazado pela mídia.
A manifestação mais importante foi novamente na Hostages Square, em Tel Aviv. "Chegou a hora de um acordo que salve a todos, os vivos e os mortos, um acordo sem 'selektziya'", disse o irmão gêmeo dos reféns Gali e Ziv Berman, Maccabit Meyer, referindo-se à prática nazista de separar os judeus aptos para o trabalho forçado daqueles enviados aos campos de extermínio durante o Holocausto. "Precisamos de um acordo com prazo determinado que inclua a libertação de todos, até o último refém", acrescentou.
Yotam Cohem, irmão do refém militar Nimrod Cohen, também rejeitou o acordo parcial. "Por que diabos estamos indo para um acordo parcial? Um acordo que deixa o Hamas no poder por pelo menos dois meses e tem um preço alto para a economia israelense e, pior de tudo, deixa dez reféns vivos", argumentou ele, de acordo com o 'The Times of Israel'.
Cohen acusou o Ministro da Segurança Nacional, Itamar Ben Gvir, e o Ministro das Finanças, Bezalel Smotrich, a ala mais extremista do governo, de arrastar Israel para uma "guerra religiosa sem fim". "Não devemos permitir que os terroristas Ben Gvir e Smotrich sacrifiquem mais soldados e condenem mais reféns à morte no altar dos assentamentos e do messianismo", apelou.
Enquanto isso, a filha do falecido refém Yossi Sharabi, Yuval Sharabi, argumentou que o que foi alcançado pela ofensiva de doze dias do mês passado contra o Irã será "um fracasso diplomático insuportável se não conseguirmos um acordo único e abrangente".
O evento também contou com a presença de reservistas que pediram ao governo que chegasse a um acordo para acabar com os combates. "Pedem-nos para ir de 0 a 100 tantas vezes que parece que nos esquecemos de como é viver em um país normal, em um país onde o fim da guerra é parar de lutar", disse o médico reservista Itai Shteinmetz, de 25 anos.
"Nossos líderes acham que vivemos para lutar eternamente por seus assentos. Eles estão muito enganados. O trabalho deles é fazer tudo o que puderem para que não precisemos mais lutar", acrescentou.
Enquanto isso, cerca de 400 ativistas de esquerda fizeram uma vigília pelas crianças mortas em Gaza durante uma manifestação na Kaplan Street, em Tel Aviv, carregando velas e retratos dos mortos desde a retomada da ofensiva israelense na Faixa de Gaza em 18 de março, violando o acordo de cessar-fogo anterior.
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