Publicado 11/08/2025 10:49

Mais de 100 ex-deputados do Parlamento Europeu pedem a Von der Leyen que suspenda totalmente o acordo UE-Israel

Archivo - Arquivo - A presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, falando durante um debate na sessão plenária do Parlamento Europeu em Estrasburgo, França.
LAURIE DIEFFEMBACQ /PARLAMENTO EUROPEO - Archivo

Entre os signatários estão Borrell e outros 22 ex-deputados espanhóis.

BRUXELAS, 11 ago. (EUROPA PRESS) -

Um grupo de 110 ex-deputados do Parlamento Europeu pediu à presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, e à alta representante da UE, Kaja Kallas, que suspendam o Acordo de Associação com Israel em resposta às suas ações na Faixa de Gaza, dizendo que, se nenhuma medida for tomada, a União Europeia poderá ser culpada de "inação culpável" e cúmplice de crimes de guerra.

Em uma carta liderada pelo ex-deputado britânico Glyn Ford, que também inclui o ex-presidente do Parlamento Europeu e ex-alto representante da UE, Josep Borrell, e outros 22 ex-deputados espanhóis, os cerca de 100 políticos insistem que a "fome coletiva" da população de Gaza é "nada menos que um crime de guerra" cometido pelo Estado de Israel e viola os princípios básicos sobre os quais a UE baseia suas relações com países terceiros.

"Como 110 ex-membros do Parlamento Europeu, insistimos que a Comissão peça urgentemente aos Estados-Membros que concordem em suspender o Acordo de Associação UE-Israel em sua totalidade", diz a carta, à qual a Europa Press teve acesso e que é assinada por ex-deputados de sete grupos diferentes, do Partido Popular Europeu à esquerda.

Os ex-deputados consideram que a medida de Bruxelas de sujeitar os Estados-Membros a vetar entidades israelenses em convites à apresentação de propostas no âmbito do programa científico Horizon "chega tarde demais" e é "insuficiente", à luz do próprio relatório interno do Serviço de Ação Externa da UE, liderado por Kallas, que apontou violações de direitos na ofensiva israelense em Gaza.

É por isso que eles estão exigindo mais força do executivo europeu, depois que Israel também não está cumprindo seus compromissos humanitários e continua a impedir as agências da ONU e as ONGs que operam no local.

A carta adverte que a UE corre o risco de violar o artigo 265 do Tratado sobre o Funcionamento da União Europeia por "inação culpável". "Se os Estados Membros não aceitarem essa proposta, eles serão expostos como cúmplices desse crime de guerra", alertam os ex-parlamentares.

Os próximos passos dessa iniciativa poderiam ser uma reunião com a própria Von der Leyen ou considerar a possibilidade de levar a Comissão Europeia ao Tribunal de Justiça da UE, disse o próprio Ford à Europa Press.

Entre os vinte ex-deputados espanhóis que apóiam a carta estão o socialista Enrique Baron, ex-presidente do Parlamento Europeu, suas colegas Elena Valenciano, Maria Izquierdo e Teresa Riera, além de Soraya Rodriguez, do Ciudadanos, Ignasi Guardans, ex-CiU, Miguel Urbán, do Anticapitalistas, e Manu Pineda, do IU.

Esta notícia foi traduzida por um tradutor automático

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