MADRID 16 abr. (EUROPA PRESS) -
A Confederação de Nacionalidades Indígenas do Equador (Conaie) denunciou uma "campanha agressiva" a favor do presidente Daniel Noboa nas recentes eleições, nas quais ele venceu, apenas alguns dias depois que o braço político dessa organização, Pachakutik, reconheceu sua vitória.
"O governo reeleito é o resultado de uma campanha agressiva realizada em condições de evidente desvantagem para todos os candidatos, tanto no primeiro quanto no segundo turno, com o campo de jogo completamente inclinado a favor do candidato a presidente", diz o comunicado da Conaie.
Noboa "desfrutou de todas as vantagens possíveis ao usar a estrutura do Estado para sua campanha", aponta a Conaie, lembrando que o presidente "não solicitou uma licença ou assumiu a presidência como deveria", supostamente violando a Constituição.
Ele "recorreu ao clientelismo" com recursos do Estado, "fez uma campanha multimilionária apoiada pela mídia e plataformas do governo, assumiu o controle das autoridades eleitorais para favorecer sua reeleição e emitiu "decretos e medidas de última hora" para "incutir medo na população", disse a Conaie.
A maior organização indígena do país expressou preocupação com "o horizonte político e econômico que se avizinha" após a reeleição de Noboa e previu uma "deterioração acelerada das condições democráticas mínimas", com todo o poder "concentrado em uma única família".
A Conaie também advertiu que a reforma da Constituição proposta por Noboa destruirá os direitos que os povos indígenas conseguiram conquistar após "décadas de luta e mobilização", uma aliança com a "ultradireita fascista internacional" personificada por Donald Trump e Javier Milei, bem como uma série de projetos de mineração que prejudicarão o meio ambiente.
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