MADRID 15 jun. (EUROPA PRESS) -
O coordenador federal da IU, Antonio Maíllo, reiterou seu apoio ao governo, defendendo que "não há mancha de corrupção em suas fileiras" e insistiu que a razão para deixar o governo seria se ele concordasse em aumentar os gastos com defesa para 5% do PIB.
Foi o que Maíllo disse neste domingo em uma entrevista ao programa 'La Mañana Fin de Semana' da COPE, na qual defendeu o fato de que o governo "não é afetado pela corrupção". "E essa é uma mensagem importante, o governo não tem nenhuma mancha de corrupção em suas fileiras", disse ele.
Em particular, ele demonstrou, mais uma vez, o apoio da IU ao Executivo após o relatório da Unidade Operativa Central (UCO) da Guardia Civil, no qual aponta a suposta cobrança de comissões pelo ex-secretário de Organização e número 3 do PSOE, Santos Cerdán, entre outras razões, para a necessidade existente de "avançar na legislação anticorrupção que pode desenvolver ações que até agora não foram abertas".
Ele também enfatizou que o partido não descartou "nenhum cenário em termos de uma moção de confiança". "Evidentemente, descartamos uma moção de censura porque, por uma questão de aritmética, é claro que não há possibilidade de apoiarmos qualquer moção de censura com o PP e o Vox", disse ele.
Com relação ao apoio do partido ao governo, Maíllo explicou que "ainda há muitas perguntas a serem respondidas". "Há muito mais explicações a serem dadas e, acima de tudo, temos que transmitir à sociedade fatos concretos que demonstrem que há uma vontade de erradicar práticas corruptas e que, para que isso aconteça, deve haver uma mudança importante nos regulamentos dentro da estrutura legal espanhola", explicou.
LEI ANTICORRUPÇÃO
Perguntado se não considerava contraditório buscar uma lei anticorrupção nas mãos de um governo que foi implicado nesse caso, o coordenador da IU considerou que "a chave para isso não é se você se depara com alguém corrupto, mas como agir quando se depara com alguém corrupto".
"Não é o Partido Socialista que está envolvido. Pelo menos, até o momento, as ordens do juiz não implicam o PSOE. Isso seria outra tela e estaríamos falando de outra coisa", defendeu-se.
Nesse contexto, Maíllo expressou a sua "indignação" e a do seu grupo na 25ª Assembleia Andaluza da IU, no sábado, em relação ao relatório "devastador" da UCO e pediu que o governo tomasse "medidas draconianas" contra a corrupção e para controlar o dinheiro público.
Ele também fez alusão aos áudios envolvendo Cerdán, seu antecessor no partido e ministro, José Luis Ábalos, e o ex-assessor deste último, Koldo García, nos quais "a infâmia de pessoas que deveriam proteger e ser exemplares" pode ser ouvida claramente, tendo se tornado "seres abjetos e absolutamente incapazes de realizar pelo menos algum trabalho público".
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