MADRID 30 out. (EUROPA PRESS) -
O presidente da Venezuela, Nicolas Maduro, sugeriu na quarta-feira a retirada da nacionalidade dos cidadãos que apoiam a invasão do país pelos Estados Unidos, uma medida para a qual ele solicitou autorização do Supremo Tribunal, dias depois que Caracas abriu um processo nesse sentido contra o líder da oposição Leopoldo Lopez, residente na Espanha, cujo passaporte foi retirado.
"Apresentei ao Supremo Tribunal de Justiça (TSJ) uma consideração constitucional com base no artigo 130 para que o TSJ possa autorizar a remoção da nacionalidade venezuelana, toda a documentação e tudo o que precisa ser removido dele de acordo com a lei e a Constituição", disse ele durante um evento na cidade de Petare, relatado pela rede Globovisión.
O ponto mencionado da Carta Magna estabelece que os venezuelanos "têm o dever de honrar e defender a pátria", além de "salvaguardar e proteger a soberania, a nacionalidade, a integridade territorial, a autodeterminação e os interesses da nação", embora o artigo 35 do mesmo texto estabeleça que somente a nacionalidade concedida por naturalização pode ser revogada, por sentença judicial, um extremo que, portanto, não se aplica aos venezuelanos de nascimento.
O presidente acusou López de "pedir que o exército gringo (dos EUA) entre" no país latino-americano. "Morando em Madri, Leopoldo López, uma mansão, 16 quartos, cinco andares, no bairro onde vivem multimilionários, de lá, ele está pedindo que ataquem Petare, La Guaira", criticou.
O oposicionista reiterou esta semana seu apoio a "qualquer intervenção", inclusive a intervenção militar dos Estados Unidos, para tirar Maduro do poder, a quem chamou de "chefe do narcotráfico", e insistiu que "não se trata de uma operação contra os venezuelanos, mas contra o Trem de Aragua e o Cartel dos Sóis", depois que o governo venezuelano retirou imediatamente seu passaporte e iniciou um processo para tirar-lhe a nacionalidade.
López vive na Espanha desde outubro de 2020, depois de passar quase sete anos preso na Venezuela, e defendeu abertamente em várias ocasiões uma intervenção militar de Washington em território venezuelano, cenário que ele considera "absolutamente legítimo", levando em conta o "golpe de Estado" que, em sua opinião, Maduro perpetrou nas eleições de julho de 2024.
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