MADRID 27 ago. (EUROPA PRESS) -
O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, advertiu nesta quarta-feira sobre o suposto envio de um submarino nuclear dos Estados Unidos para a região e denunciou o que considera ser uma "diplomacia de canhoneira" baseada na força militar.
"Tenho tantos canhões, tantos navios, e os coloco na frente de vocês. E vocês se rendem", disse Maduro, que novamente se referiu à crescente atividade militar dos EUA durante uma cerimônia de entrega de credenciais a vários embaixadores estrangeiros.
Diante dessa política dos EUA, a Venezuela mantém "uma diplomacia alta e fina", nas palavras de seu presidente. "Nossa diplomacia é a diplomacia da dignidade", acrescentou, em uma declaração televisionada na qual agradeceu a "impressionante solidariedade mundial" recebida nos últimos dias.
"Nunca antes nenhum país da América Latina e do Caribe foi ameaçado com um submarino nuclear", destacou o presidente venezuelano. De acordo com Caracas, esse submarino chegará à região no início da próxima semana e se juntará a outras embarcações militares cuja presença já foi confirmada por Washington.
Maduro, no entanto, ressaltou que a "mensagem de amizade" que a Venezuela está enviando não é incompatível com a "coragem". "Não desprezamos ninguém, nem hoje nem nunca (...) Não nos achamos mais do que ninguém, porque não somos supremacistas, mas não aceitamos o supremacismo de ninguém", disse ele.
De fato, ele considera que, se tivesse vivido "na época de Hitler", o chavismo também teria feito história, porque também não teria se "submetido" ao líder da Alemanha nazista.
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