MADRID 18 nov. (EUROPA PRESS) -
O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, convidou nesta segunda-feira o governo dos Estados Unidos a dialogar "cara a cara", apresentando a paz como a única opção para Caracas, após declarações de seu homólogo norte-americano, Donald Trump, nas quais disse que "provavelmente" conversaria "em algum momento" com ele, embora não tenha descartado o uso da força militar contra o país latino-americano.
"Aqueles que querem diálogo sempre encontrarão em nós pessoas de palavra, pessoas decentes e pessoas com experiência para liderar a Venezuela. Então, nos Estados Unidos, quem quiser falar com a Venezuela falará 'cara a cara', cara a cara, sem nenhum problema", declarou o líder venezuelano em seu programa Con Maduro +, onde acrescentou que "o que não se pode permitir é que um povo seja bombardeado e massacrado", segundo o canal Globovisión.
Dessa forma, ele sustentou que "somente por meio da diplomacia os países e governos livres devem se entender, e somente por meio do diálogo deve-se buscar um terreno comum em questões de interesse mútuo". "Essa é nossa posição invariável (...). O diálogo é o caminho para buscar a verdade e a paz, a paz não tem alternativa", declarou.
Maduro, que expressou seu "respeito absoluto pelo direito internacional" e sua rejeição à "ameaça do uso da força ou o uso da força para impor regras nas relações entre países", argumentou que a posição de Trump é porque alguém quer que ele "cometa o erro mais grave de toda a sua vida e vá contra a Venezuela militarmente, o que seria o fim político de sua liderança e de seu nome".
"Estão chicoteando-o, provocando-o (...) e tenho certeza de que esse chicoteamento, essa provocação, não vem apenas de seus adversários e de seus inimigos conhecidos - ele sabe quem são -, mas que ele tem pessoas ao seu redor que já estão calculando em termos da era pós-Trump e não se importam em machucá-lo", disse, antes de afirmar que "estão levando-o a um desfiladeiro".
Suas declarações foram feitas pouco depois que o inquilino da Casa Branca afirmou que "provavelmente" falará "em algum momento" com ele, embora sem especificar quando e evitando avaliar a permanência de Maduro no poder como algo mais do que uma "questão complicada". No entanto, quanto ao possível envio de tropas para a Venezuela, ele disse que não "descarta nada".
Os Estados Unidos enviaram um grande contingente militar para as águas do Caribe em nome do combate ao tráfico de drogas. Vinte e um ataques militares contra supostos traficantes de drogas no Caribe e no Pacífico mataram 83 pessoas nas últimas semanas, de acordo com a contagem baseada em comunicados oficiais.
Ele também anunciou que designará o Cartel of the Suns como uma organização terrorista estrangeira, acusando Maduro e outros membros de seu "regime ilegítimo" de comandar a organização.
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