Publicado 15/12/2025 23:51

Maduro adverte o presidente eleito do Chile: "Cuidado para não tocar no cabelo de um venezuelano".

16 de novembro de 2025, Santiago, Rm, CHILE: A candidata comunista Jeannette Jara e o candidato de direita do Partido Republicano, José Antonio Kast, se enfrentarão no segundo turno da eleição presidencial chilena em 14 de dezembro. Com 97% dos votos cont
Europa Press/Contacto/Francisco Arias

MADRID 16 dez. (EUROPA PRESS) -

O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, advertiu nesta segunda-feira o presidente eleito do Chile, José Antonio Kast, para que evite "ameaçar" os migrantes venezuelanos em seu país, depois que a migração e a segurança foram os temas centrais de sua campanha e de seu primeiro discurso após a vitória eleitoral.

"Sr. Kast, o senhor pode ser um seguidor de (Adolf) Hitler e ter sido educado nos valores de Hitler. O senhor pode ser um pinochetista convicto e confesso, mas cuidado, o senhor está mexendo no cabelo de um venezuelano. Os venezuelanos são respeitados. Tenha cuidado. Ouça-me com atenção. Qualquer um que se meta com a Venezuela se seca e você pode se secar muito rapidamente", disse ele durante seu programa na emissora estatal VTV.

O líder criticou o fato de que a migração venezuelana é "mais uma vez traída, ameaçada no Chile" e defendeu o fato de que os cidadãos venezuelanos nesse país são "pessoas boas, que trabalham, que produzem, que contribuem para o Chile, que pagam seus impostos no Chile".

"Senhor Kast, tenha cuidado", insistiu Maduro, depois de acusar a oposição venezuelana - "Leopoldo López, aquele velho do (ex-candidato presidencial Edmundo) González" - de apoiar o líder do Partido Republicano do Chile "ameaçando a migração venezuelana, dando-lhes um prazo e dizendo que, se não forem presos, ele tomará seu carro, sua casa, suas contas bancárias e os expulsará como se fossem criminosos".

Maduro defendeu que "a migração venezuelana tem direitos (que) a Constituição chilena deve garantir", embora tenha convidado seus cidadãos no Chile a retornar à Venezuela. "Com muito respeito, digo isso aos migrantes venezuelanos, independentemente da região de onde venham, independentemente de há quanto tempo estejam lá, independentemente de ideologias ou posições políticas (...) retornem à pátria (...) de oportunidades e felicidade perpétua", declarou.

Nesse sentido, ele prometeu que "ninguém aqui vai nos perseguir" e anunciou que ordenou a criação de um "plano especial" para facilitar o retorno à Venezuela de qualquer pessoa que deseje fazê-lo. "Apoio jurídico, diplomático e logístico para toda a comunidade venezuelana no Chile, e quem quiser voltar terá nosso firme apoio", explicou.

Kast, que derrotou a candidata de esquerda Jeannette Jara no domingo com quase 60% dos votos, se tornará o primeiro apoiador declarado do general Augusto Pinochet a chegar ao poder após o fim da ditadura, há mais de três décadas.

O ultradireitista, que moderou um pouco seu tom antes do segundo turno das eleições, concentrou seu discurso na expulsão de migrantes irregulares, incluindo um plano chamado "Escudo da Fronteira", que prevê a instalação de muros na fronteira, o uso de drones com reconhecimento facial e a sanção de empregadores que contratam imigrantes sem documentação.

De acordo com informações do Instituto Nacional de Estatística do Chile do ano passado, 252.591 venezuelanos sem documentos estavam vivendo no país em 2023, representando 75% da população estrangeira sem documentos.

Esta notícia foi traduzida por um tradutor automático

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