O presidente russo adverte que qualquer acordo futuro deve reconhecer "novas realidades territoriais".
MADRID, 1 jul. (EUROPA PRESS) -
Os presidentes da Rússia, Vladimir Putin, e da França, Emmanuel Macron, mantiveram nesta terça-feira uma conversa telefônica de mais de duas horas na qual ambos falaram da recente escalada de tensões no Oriente Médio e da evolução do conflito na Ucrânia, um contexto no qual o líder francês espera que Moscou aceite um cessar-fogo "no menor tempo possível".
Macron reiterou o "firme apoio" da França à soberania e integridade da Ucrânia e pediu a Putin que autorize negociações para uma resolução "sólida e duradoura" da guerra que começou em fevereiro de 2022, quando o presidente russo deu a ordem para invadir o país vizinho, informou o Eliseu em um comunicado.
Putin, por sua vez, argumentou que a situação atual é uma consequência "direta" das políticas ocidentais que, "durante muitos anos", não atenderam aos interesses de segurança da Rússia e agora buscam prolongar as hostilidades fornecendo armas às forças armadas ucranianas, segundo a leitura que o Kremlin fez da mesma conversa.
O líder russo alertou que qualquer "solução pacífica" futura depende da resolução das causas subjacentes e da consideração das "novas realidades territoriais", o que implica que Moscou não está preparada para abrir mão dos territórios que controla atualmente no leste da Ucrânia.
DIPLOMACIA TAMBÉM PARA O IRÃ
O outro tópico importante da conversa foi o Irã, um contexto no qual ambos os líderes concordaram que seus respectivos países têm uma responsabilidade especial na qualidade de membros permanentes do Conselho de Segurança das Nações Unidas. Macron apelou para a "urgência" de o Irã cumprir suas "obrigações", o que inclui, entre outras coisas, retomar a "cooperação total" com a Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA).
O presidente francês espera que aqui também haja uma "solução diplomática" para resolver as dúvidas levantadas pelos programas nucleares e de armas do Irã, bem como "seu papel na região", embora nenhum dos lados tenha questionado diretamente em seus comunicados a cadeia de bombardeios lançada primeiro por Israel e depois pelos Estados Unidos.
Sobre esse ponto, Putin também defendeu a diplomacia, embora o Kremlin tenha introduzido a nuance de que Teerã tem o "direito legítimo" de desenvolver sua indústria atômica para fins pacíficos. As autoridades iranianas sempre afirmaram que seu programa nuclear não tem escopo militar, embora a AIEA tenha alertado em um relatório recente que eles já acumularam mais de 400 quilos de urânio enriquecido.
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