MADRID 14 abr. (EUROPA PRESS) -
O presidente francês, Emmanuel Macron, manteve uma conversa telefônica na segunda-feira com o presidente da Autoridade Palestina, Mahmoud Abbas, a quem pediu para pressionar por uma reforma da Autoridade Palestina com vistas ao "dia seguinte", em referência à ofensiva militar israelense na Faixa de Gaza.
Macron pediu a "mobilização total da França" para conseguir a libertação de "todos os reféns" mantidos por Israel na Faixa de Gaza, um cessar-fogo duradouro e a entrada imediata de ajuda humanitária no enclave palestino.
Entretanto, ele argumentou que "é essencial construir uma estrutura para o dia seguinte", que, na opinião de Macron, deve incluir o desarmamento e a eliminação do Movimento de Resistência Islâmica (Hamas), o estabelecimento de um governo confiável e a reforma da Autoridade Palestina.
"Isso deve possibilitar o avanço em direção a uma solução política de dois Estados, com vistas à conferência de junho, a serviço da paz e da segurança para todos. Precisamos de paz", disse ele.
É o segundo dia consecutivo em que Macron se refere à disputa entre israelenses e palestinos, depois que no domingo ele apresentou novamente sua proposta de resolução, que inclui a criação de um Estado palestino.
A essa opinião, o filho do primeiro-ministro israelense Benjamin Netanyahu, Yair, respondeu com um abrupto "foda-se!" e defendeu a independência de territórios franceses como a Nova Caledônia, a Polinésia Francesa, a Córsega, o País Basco e a Guiné Francesa. "Acabem com o imperialismo francês na África Ocidental", disse ele.
Mais tarde, o próprio Netanyahu advertiu Macron de que é um "grave erro" apoiar um Estado palestino. Macron "está cometendo um grave erro ao continuar a promover a ideia de um Estado palestino no coração de nosso país, cuja única ambição é a destruição do Estado de Israel", argumentou.
Netanyahu afrontou a mensagem de seu filho. "Eu amo meu filho Yair, um verdadeiro sionista que se preocupa com o futuro do país. Como todo cidadão, ele tem direito à sua opinião pessoal, mas o estilo de sua resposta ao tweet do presidente Macron pedindo a criação de um Estado palestino é inaceitável para mim", argumentou.
"Não aceitaremos sermões morais para a criação de um Estado palestino que colocaria em risco a existência de Israel daqueles que se opõem à concessão de independência à Córsega, à Nova Caledônia, à Guiné Francesa e a outros territórios cuja independência não colocaria a França em risco de forma alguma", reiterou Netanyahu.
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