Publicado 07/05/2025 16:19

Macron defende o diálogo com o novo governo sírio em uma recepção simbólica para Al Shara

07 de maio de 2025, França, Paris: O presidente da Síria, Ahmed Al-Sharaa (dir.), é recebido pelo presidente francês Emmanuel Macron antes de sua reunião no Palácio do Eliseu. Foto: -/APA Images via ZUMA Press Wire/dpa
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MADRID 7 maio (EUROPA PRESS) -

O presidente da França, Emmanuel Macron, pediu na quarta-feira um "diálogo exigente" com o novo governo sírio, em uma primeira recepção simbólica ao novo líder, Ahmed al Shara, que deixou de liderar um grupo jihadista para assumir as rédeas da transição após a queda do regime de Bashar al Assad em dezembro.

Macron lembrou, durante uma aparição com al Sharaa no Palácio do Eliseu, que a ofensiva no final de 2024 pôs fim a um regime repreensível e disse que agora "há um líder no poder" cujas primeiras medidas pelo menos produziram "resultados". "O que seria da diplomacia se não recebêssemos pessoas com as quais não concordamos totalmente?", perguntou ele à mídia.

A França é até mesmo a favor de "um levantamento progressivo" das sanções da UE se a nova coalizão continuar a tomar medidas. Macron pediu, por exemplo, "a proteção de todos os sírios, sem exceção" e independentemente de sua "origem, religião, confissão ou opinião".

Ele pediu a responsabilização pela recente violência sectária entre grupos drusos e milicianos pró-governo e pelos "massacres" perpetrados contra a minoria alauíta, à qual pertence o deposto al-Assad.

Al Shara, por sua vez, agradeceu a Macron por seu convite "generoso", argumentando que ele também era um reconhecimento da capacidade do povo sírio de virar a página do antigo regime e de seus "horrores" e "atrocidades" na ausência da comunidade internacional.

"A Síria é um povo que se recusou a ser apagado", enfatizou o líder, que vê a França como um "amigo" desde o início das revoltas que levaram a uma guerra civil em 2011. "Estamos cientes de que este é um período difícil", reconheceu, acusando os remanescentes do antigo regime de tentar reacender a violência para prejudicar o processo de transição.

CRÍTICAS A ISRAEL

A violência sectária também desencadeou uma série de bombardeios do exército israelense, mas Macron disse que nem esses ataques nem as "incursões" contribuem para estabilizar a situação. "Eles não garantem a segurança de seu país (Israel) e violam a integridade territorial", criticou.

Para Macron, essa é uma "prática ruim" por parte de Israel.

Esta notícia foi traduzida por um tradutor automático

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