Ele denuncia que os militares que não apoiarem a mudança serão "cúmplices" da violação da Constituição.
MADRID, 6 jul. (EUROPA PRESS) -
A líder da oposição venezuelana, María Corina Machado, apelou para a "obrigação" das Forças Armadas de defender a Venezuela apoiando o fim do "regime" do presidente Nicolás Maduro e os acusou de serem "cúmplices" das violações da Constituição.
"O momento está prestes a chegar (...). O regime vai cair, a história vai julgar e haverá justiça", enfatizou Machado em uma longa mensagem publicada nas redes sociais, coincidindo com a celebração, em 5 de julho, do Dia da Independência da Venezuela e também do Dia das Forças Armadas.
Machado denunciou "25 anos de poder autocrático" em que "a Venezuela foi entregue a forças estrangeiras, Cuba, Rússia, Irã, China, além de organizações terroristas como as FARC, ELN, Hezbollah e Hamas" e denunciou a existência de "máfias" como o "Cartel dos Sóis, a estrutura do narcotráfico associada às forças armadas e ao regime de Maduro".
"Em 28 de julho de 2024, os venezuelanos decidiram mudar o rumo do país", argumentou em referência às últimas eleições presidenciais, nas quais a oposição denunciou fraude. "Eles têm que escolher: ou se afundam na submissão e na vergonha, ou mergulham e se salvam, tornando-se verdadeiros patriotas", apelou.
Machado enfatizou que "nós, venezuelanos, lhes demos nossas armas, as da República, para que vocês pudessem fazer bom uso delas. Até agora vocês não fizeram isso". "É por isso que chegou a hora de exigi-las", conclamou.
"Nós somos os cidadãos venezuelanos, respaldados pela verdade e acompanhados por poderosos aliados internacionais, que constituímos uma maioria esmagadora e imbatível, que nos imporemos pela força do povo, da verdade e da razão", previu. "Contamos com vocês", reiterou.
O ex-candidato presidencial da oposição, Edmundo González, também se manifestou. "Hoje, 5 de julho, lembramos que a independência não foi um ponto de chegada, mas o início de uma luta que continua", argumentou.
González relembrou as eleições de julho passado: "A vontade do povo já foi expressa. Essa decisão não pode ser apagada". Ele agradeceu àqueles que, "dentro e fora do país, continuam a apoiar essa causa com dignidade". "O que está por vir não é uma promessa. É o resultado do que já começou", reiterou.
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