Publicado 18/12/2025 14:05

Lula se resigna e dá como certo que não haverá acordo entre a UE e o Mercosul: "Eu também não posso fazer nada".

20 de novembro de 2025, São Paulo, São Paulo, Brasil: Sao Paulo (SP), 20/11/2025 - Salon/Automobile/Lula/SP - Luiz Inacio Lula da Silva, Presidente do Brasil, durante discurso na abertura do Salão Internacional do Automóvel 2025, o evento é realizado no A
Europa Press/Contacto/Leco Viana, Leco Viana

Lula lamenta o bloqueio da França e da Itália e ressalta que o acordo é mais benéfico para a Europa do que para o Brasil.

MADRID, 18 dez. (EUROPA PRESS) -

O presidente do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, parece ter se conformado com o fato de que o acordo comercial entre a União Europeia e o Mercosul não será assinado no sábado, ao mesmo tempo em que lamentou o bloqueio exercido pela França e pela Itália a um acordo que é mais benéfico para os países europeus.

Lula tem feito de tudo para que o acordo seja aprovado este ano, aproveitando o fato de ocupar a presidência pro tempore do Mercosul. "Se não for possível agora porque não está pronto, eu também não posso fazer nada", disse ele do Palácio do Planalto.

"Vamos esperar até amanhã, a esperança é a última coisa a ser perdida", admitiu o presidente brasileiro em uma coletiva de imprensa na qual enfatizou que o acordo "é extremamente importante do ponto de vista político".

"É um acordo que inclui 722 milhões de seres humanos, 22 trilhões de dólares, é um acordo que dá uma resposta de sobrevivência, uma oportunidade de manter vivo o multilateralismo (...) Por isso é importante", defendeu Lula, que garantiu que o bloco sul-americano fez muito mais concessões.

Ele explicou que sempre soube que o presidente da França, Emmanuel Macron, era o principal obstáculo para avançar com esse acordo - "eu até falei com a esposa dele para que ela abrisse o coração", disse - e que a "novidade" era que a primeira-ministra da Itália, Giorgia Meloni, também não era a favor do acordo.

Lula observou que, embora não tivesse "muito a perder" com relação à agricultura e à pecuária brasileiras, "os franceses têm o direito de escolher o que acham melhor para eles" e que ficou "surpreso" com a posição de Meloni, que lhe garantiu, segundo ele, que poderia convencer os agricultores italianos.

O Parlamento Europeu aprovou na terça-feira medidas para proteger o setor agrícola. O texto terá que ser endossado pelo Conselho Europeu, que se reunirá na quinta e sexta-feira, e votado nesta semana, para que possa estar pronto para assinatura na cúpula do Mercosul no Paraná, no sábado.

Esta notícia foi traduzida por um tradutor automático

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