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Presidente brasileiro pede a seu colega norte-americano que prenda criminosos brasileiros nos EUA
MADRID, 3 dez. (EUROPA PRESS) -
O presidente do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, enfatizou sua harmonia com seu homólogo norte-americano, Donald Trump, a quem parece desculpar algumas de suas saídas diante da mídia afirmando que são dois chefes da Casa Branca, o da televisão e o da conversa pessoal.
"Toda vez que converso com Trump, ele me surpreende. Muitas vezes você o vê na televisão muito nervoso, mas ele é uma pessoa diferente quando se trata de conversas pessoais. Eu já disse a ele que temos dois Trump, o da televisão e o da conversa pessoal", disse o presidente brasileiro na quarta-feira em uma entrevista para a TV Verdes Mares.
Os dois homens tiveram uma reunião telefônica na terça-feira, na qual Lula pediu a seu colega que suspendesse as tarifas remanescentes sobre algumas exportações brasileiras, depois que a grande maioria das tarifas foi suspensa no final de novembro. "Foi uma conversa extraordinária", disse ele.
"Vai ser um bom relacionamento", disse o presidente Lula, que acredita que ambos os países têm a ganhar com o vínculo. "Depois de 200 anos de relações diplomáticas, não há razão para os Estados Unidos e o Brasil divergirem", disse ele.
Outro ponto abordado na reunião de terça-feira foi o combate ao crime organizado e o interesse dos dois países em colaborar.
"Eu disse a ele que estamos dispostos a trabalhar juntos na fronteira e onde for necessário", disse Lula, que pediu ao seu homólogo para prender os líderes de organizações brasileiras que possam estar em território americano.
As relações entre os EUA e o Brasil se deterioraram em 2025, após a decisão de Trump de impor tarifas sobre mais de 200 exportações brasileiras e aplicar sanções a alguns altos funcionários.
Washington justificou essas medidas por causa de supostos danos à sua economia e por causa das ações de Brasília contra a liberdade de expressão e seus rivais políticos, referindo-se ao ex-presidente Jair Bolsonaro e seu caso de golpe.
Tudo começou a mudar em 23 de setembro, depois de uma breve reunião à margem da Assembleia Geral da ONU, quando descobriram a "excelente química" entre os dois, embora isso não tenha impedido Trump de mirar pela última vez, por enquanto, em Lula, a quem acusou de perseguir seus rivais políticos.
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