MADRID 4 jul. (EUROPA PRESS) -
O presidente do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, criticou nesta sexta-feira a situação atual das Nações Unidas, uma organização, lamentou, em seu nível mais baixo de influência, capaz de conseguir um acordo de paz que evite o "genocídio" cometido por Israel contra o povo palestino.
"Faz muito tempo que não vejo nossa ONU tão insignificante como agora. Uma ONU que foi capaz de criar o Estado de Israel, mas não é capaz de criar o Estado Palestino", disse ele durante seu discurso de abertura na reunião do Novo Banco de Desenvolvimento, o banco dos BRICS (NBD), que está sendo realizada nestes dias no Rio de Janeiro.
Lula lamentou que a ONU tenha sido incapaz de alcançar um acordo de paz e, com ele, o fim de um genocídio que está "matando mulheres e crianças inocentes em Gaza".
Nesse sentido, ele destacou que os mesmos líderes que são incapazes de conter essa e outras crises de guerra são os mesmos que "têm de tomar decisões econômicas" que afetam a comunidade internacional como um todo.
Assim, ele destacou que "em um cenário global cada vez mais instável, marcado pelo ressurgimento do protecionismo, do unilateralismo e do impacto da crise climática", o papel de organizações como o NBD dos BRICS "será maior".
Lula criticou a falta de compromisso dos países ricos com a nova realidade climática e a crescente desigualdade entre ricos e pobres, apontando as políticas de austeridade que aprofundam essas diferenças.
"A chamada austeridade exigida pelas instituições financeiras tornou os países mais pobres, porque a austeridade torna os pobres pobres mais pobres e os ricos mais ricos. Isso é o que está acontecendo no mundo de hoje e o que temos que mudar", observou o presidente brasileiro.
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