Europa Press/Contacto/Leco Viana, Leco Viana
MADRID 26 nov. (EUROPA PRESS) -
O presidente do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, disse na quarta-feira que seu país "deu ao mundo uma lição de democracia" depois que o Supremo Tribunal Federal declarou definitiva a sentença do ex-presidente Jair Bolsonaro, condenado a 27 anos e três meses de prisão por tentativa de golpe de Estado.
"Pela primeira vez em 500 anos de história deste país, há uma pessoa presa por tentativa de golpe de Estado. Há um ex-presidente da república e quatro generais presos. Isso mostra que a democracia é para todos", enfatizou.
Lula reiterou que "a democracia não é um privilégio", mas um "direito" exercido por 215 milhões de brasileiros. "Estou feliz, não pela prisão de ninguém, mas porque este país mostrou que é maduro o suficiente para exercer a democracia em seu sentido mais pleno", disse ele, de acordo com 'O Globo'.
O presidente também enfatizou que "o sistema judiciário brasileiro demonstrou sua força" e "não se deixou intimidar por ameaças externas". "Realizou um excelente julgamento, onde não há uma única acusação da oposição; tudo é uma acusação de dentro da mesma equipe que tentou dar um golpe de Estado neste país", disse ele.
O Supremo Tribunal Federal decidiu na véspera que Bolsonaro cumpriria sua pena na sede da Polícia Federal em Brasília, onde ele estava detido desde sábado em prisão preventiva diante de uma possível tentativa de fuga depois que ele tentou remover sua tornozeleira eletrônica enquanto estava em prisão domiciliar.
O ex-presidente, condenado por organizar um complô para se perpetuar no poder, permanecerá preso em um pequeno quarto de 12 metros quadrados com uma cama de solteiro, ar condicionado, frigobar, banheiro e televisão.
A sentença de Bolsonaro - condenado pelos crimes de golpe de Estado, abolição do Estado de Direito, constituição de organização criminosa armada, dano agravado ao patrimônio público e dano ao patrimônio histórico - também inclui uma inabilitação de até oito anos após o término de sua pena, período que, se não for reduzido, deverá expirar em 2060, quando ele teria, hipoteticamente, 105 anos de idade.
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