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MADRID 22 dez. (EUROPA PRESS) -
A Liga Árabe condenou nesta segunda-feira a aprovação dada pelo Conselho de Ministros de Israel à declaração de outros 19 assentamentos no norte da Cisjordânia, entre eles Ganim e Kadim, evacuados em 2005, no que o bloco considera "um desafio flagrante à vontade internacional" e "uma violação do direito internacional".
Yamal Rushdi, porta-voz do secretário-geral da Liga Árabe, Ahmed Abulgheit, disse em um comunicado que "a expansão dos assentamentos ilegais tem como objetivo impedir o estabelecimento de um Estado palestino geograficamente contíguo", fato que "reflete a natureza do governo israelense, que é controlado por extremistas e colonos".
Ele enfatizou que essa decisão "não legitima de forma alguma" os assentamentos, ao mesmo tempo em que criticou os ataques dos colonos contra os palestinos, "um tipo de terrorismo que é realizado com o conhecimento do Estado ocupante e com a proteção de suas agências oficiais", de acordo com uma declaração publicada pela Secretaria Geral da Liga Árabe em sua conta na rede social X.
Os colonos de Ganim e Kadim, a oeste da cidade de Jenin, na Cisjordânia, foram expulsos de suas casas como parte do processo de retirada de Israel da Faixa de Gaza em 2005. Vale lembrar que o exército israelense autorizou o retorno a esses assentamentos em maio, em retaliação depois que a Espanha, a Noruega e a Irlanda anunciaram seu reconhecimento do Estado da Palestina.
Apesar de a lei internacional considerar ilegais todos os assentamentos nos Territórios Palestinos Ocupados, o governo israelense diferencia entre aqueles para os quais deu permissão e aqueles para os quais não deu, como os últimos, que são os únicos que ele considera serem contra a lei.
No entanto, a Corte Internacional de Justiça (ICJ) afirmou em julho que a política de assentamentos de Israel é contrária à Quarta Convenção de Genebra sobre o deslocamento forçado de pessoas e que, em especial com relação à exploração de recursos naturais e à imposição de leis nacionais, constitui um esforço de anexação e é contrária ao direito internacional.
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