Publicado 24/11/2025 09:25

Líderes da UE saúdam o impulso para a paz, mas reiteram a decisão sobre sanções e ativos congelados

Os líderes da UE, incluindo o primeiro-ministro Pedro Sánchez, reúnem-se com urgência em Angola para discutir as negociações de paz entre a Ucrânia e os EUA.
FREDERIC SIERAKOWSKI // EUROPEAN COUNCIL

BRUXELAS 24 nov. (EUROPA PRESS) -

Os líderes da União Europeia (UE) avaliaram nesta segunda-feira a dinâmica das negociações entre a Ucrânia e os Estados Unidos para acabar com a guerra lançada pela Rússia, assegurando que foram dados passos na direção correta, embora insistam que o bloco terá a última palavra em questões como a aplicação de sanções contra Moscou, o uso de ativos russos congelados ou a adesão da Ucrânia ao bloco.

Nas palavras do presidente do Conselho Europeu, Antonio Costa, ao final da reunião informal dos líderes europeus em Angola, onde estão reunidos por ocasião da cúpula entre a União Europeia e a União Africana, a reunião em Genebra entre as delegações dos EUA e da Ucrânia, com a participação de aliados europeus e equipes da UE, "marcou um progresso significativo" no processo de paz após o plano de 28 pontos elaborado por Washington nas costas de ucranianos e europeus.

"Saudamos esse passo à frente, ainda há algumas questões a serem resolvidas, mas a direção é positiva", disse Costa, observando que há um novo impulso nas negociações e enfatizando que as discussões entre ucranianos e americanos foram "construtivas" e houve "progresso" em várias questões.

De qualquer forma, o líder da UE reiterou o apoio à Ucrânia, incluindo apoio financeiro, insistindo que qualquer solução para o conflito deve ser "justa" e "duradoura". "A paz não pode ser uma trégua temporária, ela deve ser uma solução duradoura. A Ucrânia escolheu a Europa e a Europa estará ao lado da Ucrânia", enfatizou.

O ex-primeiro-ministro português enfatizou que a UE deve permanecer unida e deve avançar no processo de mãos dadas com a Ucrânia e os Estados Unidos, assegurando que o "objetivo comum" é parar a "guerra de agressão contra a Ucrânia".

A UE TEM A PALAVRA FINAL SOBRE SANÇÕES E ATIVOS RUSSOS

Costa também enfatizou que a UE terá a última palavra em questões que afetam diretamente o bloco, "como sanções, política de ampliação e ativos congelados". Essas questões "requerem a participação e a decisão total da UE", enfatizou, apontando para o trabalho estreito e coordenado entre a UE, a Ucrânia, os Estados Unidos e a OTAN.

Por fim, ele insistiu que a UE manterá seu curso em termos de apoio à Ucrânia, garantindo que o bloco está comprometido em apoiar o presidente ucraniano, Volodimir Zelenski, a quem ele nomeou diretamente, para "todo o apoio de que ele precisa", incluindo apoio financeiro.

Tudo isso em um momento em que a UE está discutindo novas formas de apoiar Kiev economicamente e reservou o uso da liquidez dos ativos russos congelados na Europa como um novo mecanismo para apoiar a Ucrânia nos próximos dois anos. "Comprometemo-nos a cumprir o prometido e o faremos no Conselho Europeu de dezembro", disse ele sobre o apoio econômico à Ucrânia.

A reunião, convocada com urgência em Luanda após os primeiros passos do plano de paz apresentado por Washington, às escondidas de ucranianos e europeus, buscou cerrar fileiras entre os europeus para tentar pressionar por um acordo que respeite os parâmetros ucranianos e leve em conta a arquitetura de segurança europeia.

Esta notícia foi traduzida por um tradutor automático

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