Publicado 18/12/2025 22:28

Líderes da UE se inclinam para uma emissão conjunta de dívida para a Ucrânia e descartam a opção de ativos russos

O presidente do Conselho Europeu, Antonio Costa, cumprimenta o presidente francês Emmanuel Macron e o primeiro-ministro tcheco Andrej Babis.
ALEXANDROS MICHAILIDIS

BRUXELAS 19 dez. (EUROPA PRESS) -

Os líderes da União Europeia estão considerando a emissão de dívida conjunta para financiar a Ucrânia em vista da urgência econômica do país, enquanto deixam de lado a opção de usar ativos russos para um "empréstimo de reparo", confirmaram fontes europeias à Europa Press, em vista das dificuldades associadas ao uso de ativos congelados.

Após 15 horas de cúpula europeia em Bruxelas, a opção de usar o orçamento da UE como garantia para um empréstimo à Ucrânia com dívida conjunta está ganhando força, dada a falta de acordo entre os líderes da UE para usar os ativos russos para financiar a ajuda a Kiev no valor de 90 bilhões de euros.

"Não apenas o empréstimo de reparações está sendo discutido, mas também a possibilidade de usar a margem orçamentária do orçamento da UE, como alguns líderes mencionaram especificamente", disseram fontes da UE, após o fracasso do "empréstimo de reparações", já que os líderes "precisam de mais tempo para trabalhar nos detalhes".

Várias fontes européias confirmaram à Europa Press que um grupo de países recorreria a um esquema de "cooperação reforçada" usando o artigo 20 do Tratado da UE. O bloco propõe esse esquema para confirmação pelo Conselho como último recurso, quando conclui que os objetivos buscados por essa cooperação não podem ser alcançados em um prazo razoável pela União como um todo.

As dúvidas expressas pela Bélgica teriam sido repetidas por outros países durante toda a cúpula, apesar do fato de que, durante grande parte da reunião, o foco foi o uso dos ativos russos congelados, enquanto a Comissão Europeia negociava paralelamente com a Bélgica uma proposta de conclusões que atenderia às demandas do governo belga.

Os líderes da UE-27 chegaram à cúpula de Bruxelas com divergências sobre o uso da liquidez dos ativos congelados pelas sanções da UE para um possível "empréstimo de reparação" de 90 bilhões de euros a Kiev. O presidente do Conselho Europeu, António Costa, argumentou que a reunião durará o tempo que for necessário para obter o "sinal verde" para o apoio econômico à Ucrânia e que a UE "jamais aprovará uma solução que não garanta total segurança à Bélgica".

Esta notícia foi traduzida por um tradutor automático

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