MADRID 6 jul. (EUROPA PRESS) -
Yasser Abu Shabab, líder das milícias que levam seu nome e que há meses combatem os combatentes do movimento islâmico palestino Hamas na Faixa de Gaza, admitiu pela primeira vez que está cooperando "em certo nível com Israel", como admitiu o primeiro-ministro israelense Benjamin Netanyahu há algumas semanas.
Abu Shabab, 32 anos, nascido em Rafah, no enclave palestino do sul, já foi condenado pelas autoridades do Hamas em Gaza por tráfico de drogas, mas conseguiu escapar da prisão por volta do início da guerra de Gaza, de acordo com um perfil no site Middle East Monitor.
Outro relatório sobre ele, publicado pelo jornal israelense Maariv, observa que Abu Shabab foi "recrutado" pelos serviços de inteligência de Israel para agir como um agente de interrupção das operações do Hamas no enclave palestino. O primeiro-ministro israelense acabou admitindo que estava financiando essa organização, as "Forças Populares", no início deste mês.
Agora, em uma entrevista à estação de rádio israelense Makan, Abu Shabab confirma um grau de cooperação com as autoridades israelenses. "Quando saímos em uma missão, nós os informamos - nada mais - e realizamos a operação militar, desde que eles nos forneçam algum tipo de apoio", disse ele.
Na entrevista, Abu Shabab também reconhece abertamente que seu grupo não se furtará a entrar em conflito direto com o movimento de resistência palestino (que até incluiu sua rendição como uma das condições para um acordo de cessar-fogo com Israel em Gaza).
"Experimentamos a amargura e a injustiça que o Hamas nos infligiu e assumimos a responsabilidade de confrontar essa agressão. Não descartamos o confronto com o Hamas ou a guerra civil, custe o que custar", disse ele na entrevista, que foi publicada pelo Times of Israel.
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