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MADRID 23 dez. (EUROPA PRESS) -
O ministro da Defesa de Israel, Israel Katz, assegurou nesta terça-feira que Israel não se retirará completamente da Faixa de Gaza e apontou a existência de planos para restabelecer a presença de assentamentos no enclave palestino, contrariando as exigências do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, e seu plano para o futuro desse território.
"Com a ajuda de Deus, quando chegar a hora, estabeleceremos grupos pioneiros no norte de Gaza, no local dos assentamentos que foram evacuados no Plano de Desengajamento de 2005", disse ele durante um evento para marcar o estabelecimento de mais 1.200 casas no assentamento de Beit El, na Cisjordânia.
"Faremos isso da maneira certa, na hora certa", disse Katz. "Estamos em um período de soberania prática. Há oportunidades que não existiam há muito tempo", argumentou ele, antes de reiterar que as autoridades israelenses não abandonarão totalmente a Faixa de Gaza, apesar das cláusulas da proposta dos EUA.
"Estamos profundamente em Gaza e nunca deixaremos Gaza. Isso não vai acontecer. Estamos lá para nos defender e evitar que o que aconteceu se repita", explicou ele, conforme relatado pelo diário israelense 'The Times of Israel', em referência aos ataques de 7 de outubro de 2023, que deixaram cerca de 1.200 mortos e quase 250 sequestrados.
As palavras de Katz ocorrem poucos dias depois que o secretário-geral da ONU, António Guterres, descreveu como "essencial" começar a implementar a segunda fase da proposta dos EUA para a Faixa de Gaza e enfatizou que a primeira fase, lançada em outubro após um acordo entre Israel e o Movimento de Resistência Islâmica (Hamas), deve ser "totalmente implementada".
O pacto de outubro trouxe consigo um cessar-fogo, em vigor desde 10 de outubro - embora marcado por bombardeios quase diários de Israel, que alega estar agindo contra "terroristas" - e a entrega de reféns vivos e mortos pelo Hamas, com exceção de um, cujo corpo ainda não foi encontrado no enclave.
A segunda fase, que ainda não foi lançada, prevê a criação de uma autoridade temporária a ser chefiada por Trump e encarregada de supervisionar a situação, e de uma força de segurança internacional da qual se espera que vários países participem, sem detalhes concretos ainda sobre sua composição e outros pontos, como o processo de retirada militar de Israel.
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