MADRID 10 maio (EUROPA PRESS) -
A chefe diplomática da União Europeia, Kaja Kallas, defendeu a importância do futuro tribunal especial que julgará o crime de agressão pela guerra na Ucrânia, considerando-o uma ferramenta essencial para responsabilizar os líderes políticos e militares da Rússia perante a justiça internacional, e expressou seu desejo de que os Estados Unidos se juntem ao tribunal proposto no futuro pela antiga administração do ex-presidente Joe Biden.
Kallas, que visitou a Ucrânia para transmitir o apoio da UE às autoridades ucranianas durante as comemorações do Dia da Europa, insistiu na ideia de atingir aqueles que deram a ordem para invadir a Ucrânia, sem mencionar explicitamente o presidente russo Vladimir Putin. "Afinal de contas", disse ele à agência de notícias oficial ucraniana Ukrinform, "são os líderes que decidem atacar outro país.
"Por um lado", insistiu ele, "há os crimes de guerra cometidos pelos militares que invadiram a Ucrânia (mas) sem líderes esses crimes não existiriam, e é por isso que as responsabilidades devem ser estabelecidas em todos os níveis".
Em relação à possível incorporação dos Estados Unidos, deve-se lembrar que a ideia do tribunal foi apresentada em 2023 por Biden, mas seu sucessor, Donald Trump, optou por seguir seu próprio caminho e agora está tentando chegar a um acordo direto com Putin. A esse respeito, Kallas agradeceu aos EUA por seu trabalho nos últimos dois anos. "Espero que eles voltem mais tarde, porque os detalhes técnicos já foram resolvidos", disse ele.
Kallas também supõe que a Rússia fará tudo o que puder para obstruir a criação de um tribunal que poderia começar a funcionar ainda este ano. "A Rússia está constantemente fazendo ameaças. Esse é o seu modus operandi. Nada de novo", disse ela, antes de sugerir que a melhor estratégia é ignorar Moscou e se concentrar no que é realmente importante no momento, que é a "consolidação de uma estrutura legal" para processar o crime de agressão.
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