Bogdan Hoyaux/European Commissio / DPA - Arquivo
BRUXELAS 15 dez. (EUROPA PRESS) -
A Alta Representante da União Europeia para Política Externa, Kaja Kallas, expressou sua confiança nesta segunda-feira de que a pressão dos Estados Unidos para que a Ucrânia se junte ao bloco da UE fará com que a Hungria retire seu veto à abertura de negociações.
Em uma coletiva de imprensa ao final da reunião de relações exteriores da UE-27, a chefe da diplomacia europeia destacou que a adesão à UE deve ser baseada nos méritos de cada país, seja no caso da Ucrânia, da Moldávia ou de qualquer outro candidato.
"Não há atalhos", enfatizou ela, depois que as negociações de paz incluíram o horizonte da adesão europeia, com 2027 como possível data de referência.
De qualquer forma, a Alta Representante indicou que o fato de a adesão europeia estar incluída nas negociações de paz é uma prova de que Washington "está exercendo pressão" para a integração europeia, em contradição com o bloqueio exercido pela Hungria.
"Pode ser um sinal positivo para os Estados que estão bloqueando a abertura dos capítulos de negociação", disse ela, referindo-se à posição de Budapeste. A abertura das negociações está congelada devido ao veto da Hungria à abertura das conversações sobre os primeiros capítulos de adesão.
Isso ocorre apesar do fato de a Comissão Europeia considerar que tanto a Ucrânia quanto a Moldávia cumprem todos os critérios necessários para iniciar as negociações de adesão à UE. A Hungria se desvinculou de uma recente reunião entre a UE e a Ucrânia em Lviv, que os líderes magiares denunciaram como "uma representação teatral da elite pró-guerra em Bruxelas".
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