Publicado 14/04/2025 11:52

Kallas defende uma maior integração da UE como a melhor maneira de aliviar as tensões nos Bálcãs

Alta Representante da UE para Política Externa, Kaja Kallas, em uma coletiva de imprensa em Luxemburgo após o Conselho de Relações Exteriores.
ALEXANDROS MICHAILIDIS / CONSEJO DE LA UE

BRUXELAS 14 abr. (EUROPA PRESS) -

O Alto Representante da União Europeia para Política Externa, Kaja Kallas, disse na segunda-feira que a melhor maneira de reduzir as tensões na região dos Bálcãs, em meio à crise constitucional na Bósnia e Herzegovina, é avançar para a integração na União Europeia.

"Devemos sempre nos preocupar com o aumento das tensões. Acho que a melhor maneira de proceder é realmente ter todos eles na UE. Assim, haverá menos tensões, porque a UE é um projeto de paz e trabalha para acalmar as tensões entre os países", disse o chefe da diplomacia europeia no final da reunião dos ministros das Relações Exteriores dos 27 países em Luxemburgo.

Kallas enfatizou que o apoio à UE é alto nos países dos Bálcãs, a maioria dos quais está imersa no processo de adesão ao bloco, e é por isso que ela pediu que sejam tomadas medidas para integrá-los à UE, depois de se reunir em um jantar de trabalho no domingo com os ministros das Relações Exteriores da Albânia, Macedônia do Norte, Montenegro, Sérvia, Bósnia e Herzegovina e Kosovo.

A segurança e a estabilidade da região são de extrema importância para a Europa, argumentou ele. "Eles estão na Europa, geograficamente, e também deveriam estar na UE. É por isso que o processo de ampliação é extremamente importante e temos que progredir nele", disse ele.

COMEMORAÇÕES DE 9 DE MAIO

Sobre as relações dos países candidatos com a Rússia, o chefe de relações exteriores da UE destacou que nenhum candidato à adesão deve participar das comemorações de 9 de maio, que Moscou costuma organizar para marcar o fim da Segunda Guerra Mundial. "Isso está claro e a mensagem foi deixada", disse ela, ressaltando que esse gesto será levado a sério pela UE.

Depois que a Ucrânia pediu aos líderes europeus e da UE que fossem a Kiev naquele dia para expressar apoio diplomático e político à Ucrânia na data simbólica, Kallas disse que Kiev e a Ucrânia deveriam ser visitadas "o máximo possível" para mostrar solidariedade ao povo ucraniano e, embora ele tenha dito que estava "sempre procurando opções para visitar a Ucrânia", qualquer viagem deveria ser enquadrada em algum resultado concreto de apoio a Kiev.

SITUAÇÃO NOS BÁLCÃS

Sobre a situação dos países dos Bálcãs em particular, o Alto Representante disse que a Albânia e Montenegro estavam tomando medidas e progredindo no caminho para a UE, ressaltando que "poderia haver histórias de sucesso".

De qualquer forma, ela foi mais pessimista com relação ao restante dos candidatos. Sobre a Bósnia e Herzegovina, um país que está passando por uma crise constitucional devido às decisões do líder da Republika Sprska, Milorad Dodik, ele denunciou qualquer tentativa de desmembrar o país e pediu aos líderes políticos que "superem as divisões e não as ampliem".

"Vi que o Alargamento é algo com o qual todos concordam, então eles devem avançar com as decisões a respeito", disse ele sobre sua recente viagem a Sarajevo. Sobre as críticas à intervenção internacional das autoridades bósnias, ele argumentou que "isso pode desaparecer se todos perceberem que são capazes de tomar suas próprias decisões".

Com relação à Sérvia e ao Kosovo, Kallas insistiu que a normalização das relações é de extrema importância e que o diálogo entre os dois, facilitado pela UE, "deve continuar", explicando que visitará a região em uma futura viagem em maio.

Esta notícia foi traduzida por um tradutor automático

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