Publicado 09/12/2025 13:05

Kallas defende o respeito ao direito internacional na Venezuela, apesar da falta de legitimidade de Maduro

Alta Representante da UE, Kaja Kallas, falando no Parlamento Europeu.
PHILIPPE BUISSIN

BRUXELAS 9 dez. (EUROPA PRESS) -

A Alta Representante da União Europeia para Política Externa, Kaja Kallas, defendeu nesta terça-feira o respeito ao direito internacional também na Venezuela, apesar de o bloco europeu não reconhecer a legitimidade de Nicolás Maduro como presidente do país.

Diante das ameaças do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, de realizar iminentes ataques terrestres dentro da Venezuela e das ameaças a Maduro de que seus "dias estão contados" à frente do país, a chefe da diplomacia europeia ressaltou que cada passo dado na luta contra o narcotráfico, motivo usado pelos Estados Unidos para realizar ataques em águas caribenhas, deve estar de acordo com o direito internacional.

"Estamos em um momento de caos total. As regras simplesmente não se aplicam. E é por isso que somos nós que estamos lutando e defendendo as regras", disse ele em um discurso ao Comitê de Relações Exteriores do Parlamento Europeu.

Ele disse que é "extremamente importante" que cada passo dado "esteja de acordo com o direito internacional".

O ex-primeiro-ministro da Estônia enfatizou a posição europeia sobre a Venezuela, que considera que Maduro "não tem legitimidade" para presidir o país após as eleições de 28 de julho de 2024, nas quais os registros eleitorais não puderam ser verificados.

"Continuamos a argumentar que Maduro carece de legitimidade e também é importante para nós manter uma presença no terreno ao mesmo tempo. Estamos em contato com representantes da oposição e também apoiamos a luta contra o crime organizado transnacional", explicou.

Observando que o tráfico de drogas é um "problema global" que também afeta a Europa, onde as drogas são vendidas, Kallas reconheceu que essa é uma questão que precisa ser enfrentada pela comunidade internacional. "É um problema. Quero dizer que esses são desafios globais que também exigem soluções globais quando se trata de tráfico de drogas", disse ele.

Para o eurodeputado do PP, Francisco Millán Mon, o chefe da diplomacia europeia precisa ser "mais explícito no relacionamento com a Venezuela" e que a posição da UE não deve se concentrar apenas na segurança marítima no Caribe e no não uso da força. "Devemos também enfatizar a defesa dos direitos humanos e das liberdades e a necessária mudança democrática na Venezuela", insistiu.

Esta notícia foi traduzida por um tradutor automático

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