BRUXELAS 14 abr. (EUROPA PRESS) -
A Alta Representante da União Europeia para Política Externa, Kaja Kallas, criticou nesta segunda-feira que os ataques de Israel à Faixa de Gaza "vão além" do direito à defesa proporcional, pedindo um retorno às negociações para um cessar-fogo na área.
Falando no final de uma reunião dos ministros das Relações Exteriores da UE em Luxemburgo, Kallas criticou Israel por seus últimos ataques na Faixa de Gaza, incluindo o bombardeio de um hospital na Cidade de Gaza, que deixou 39 pessoas mortas nas últimas horas.
"A situação geral é muito séria e, é claro, queremos que os mediadores retornem à mesa de negociações, retomem o cessar-fogo e libertem todos os reféns", disse Kallas, insistindo que Israel tem o direito à autodefesa, mas que suas últimas ações "vão além da autodefesa proporcional".
Kallas pediu que a ajuda humanitária chegue às pessoas necessitadas e solicitou que as entregas humanitárias da UE "não sejam politizadas".
O número de palestinos mortos pela ofensiva do exército israelense contra o enclave aumentou para quase 51.000, de acordo com informações das autoridades de saúde da Faixa de Gaza, na sequência do ataque após atos terroristas de grupos islâmicos palestinos em 7 de outubro de 2023.
APOIO AO PLANO ÁRABE
De qualquer forma, na reunião dos ministros das Relações Exteriores, o Alto Representante observou que "todos" os Estados-Membros concordam em apoiar a solução de dois Estados e defendeu a proposta de 1,6 bilhão de euros em apoio à Autoridade Palestina ao longo de três anos.
Ele também elogiou o plano árabe para a reconstrução de Gaza, embora tenha ressaltado que ele não esclarece três elementos importantes, como o financiamento, a segurança e a governança de Gaza. "Estamos prontos para trabalhar com nossos parceiros árabes, parceiros internacionais, para desenvolver essas questões", disse ele.
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