FRANCOIS LENOIR // EUROPEAN COUNCIL
BRUXELAS 15 dez. (EUROPA PRESS) -
A Alta Representante da União Europeia para Política Externa, Kaja Kallas, reconheceu nesta segunda-feira as crescentes dificuldades para a UE concordar com um empréstimo para a Ucrânia usando ativos russos congelados, embora tenha insistido que essa é, no entanto, a opção "mais crível" e que não há alternativas a esse cenário na mesa.
"A opção mais confiável é o empréstimo de reparações, e é nisso que estamos trabalhando. Ainda não chegamos a esse ponto e está cada vez mais difícil, mas estamos trabalhando", disse a chefe da diplomacia europeia ao chegar à reunião dos ministros das Relações Exteriores em Bruxelas.
A última reunião de ministros das relações exteriores do ano marca o início de uma semana importante para a UE definir seu apoio à Ucrânia, com o debate sobre empréstimos de reparação com ativos russos congelados na Europa na mesa dos líderes do bloco em 18 e 19 de dezembro. "Ainda temos alguns dias pela frente", disse o ex-primeiro-ministro da Estônia, que reconheceu que não há alternativas viáveis a essa opção.
Depois que Malta, Bulgária, República Tcheca e Itália se juntaram à Bélgica, que abriga a sede da Euroclear - a instituição que mantém a maioria dos ativos russos congelados na Europa - em sua relutância, Kallas apontou a dificuldade do debate e as "diferentes pressões de diferentes lados".
"Também temos que ter uma visão muito clara. As outras opções não estão realmente funcionando", argumentou ele, ressaltando que a UE pode aprovar o empréstimo para reparos com uma maioria qualificada de seus estados-membros, enquanto outros caminhos, como o financiamento de eurobônus para a Ucrânia, exigem unanimidade e foram descartados no passado.
A cúpula dos líderes da UE deve chegar ao consenso necessário para fornecer o apoio financeiro para manter a Ucrânia à tona pelos próximos dois anos, já que, independentemente do fim da guerra, os militares ucranianos estimam que precisarão de cerca de 70 bilhões por ano para continuar a deter a Rússia.
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