Publicado 07/06/2025 02:48

A Justiça ordena que a Mitsubishi indenize uma mulher de 107 anos que foi vítima de trabalho forçado na guerra no Japão

Archivo - Arquivo - 28 de junho de 2024, Seul, Coreia do Sul: Uma bandeira sul-coreana vista no Museu da Guerra em Seul.
Europa Press/Contacto/Kim Jae-Hwan - Archivo

MADRID 7 jun. (EUROPA PRESS) -

Um tribunal de apelações sul-coreano ordenou, no sábado, que a empresa japonesa Mitsubishi Heavy Industries Ltd. pague 100 milhões de won (aproximadamente 605.280 euros) de indenização a uma mulher de 107 anos que foi vítima de trabalho forçado durante a Segunda Guerra Mundial.

A decisão foi emitida pela divisão civil do Tribunal Distrital Central de Seul e contraria uma decisão anterior - de 2022 - que rejeitou a ação movida por Kim Han Soo, informou a agência de notícias sul-coreana Yonhap.

Como a ação foi movida em 2015, o judiciário sul-coreano decidiu que o pedido havia sido apresentado após o prazo legal, três anos após uma decisão importante da Suprema Corte da Coreia do Sul que reconheceu o direito das vítimas de buscar indenização.

Além disso, o tribunal de recursos reinterpretou sua leitura do estatuto de limitações, baseando-se, desta vez, em uma decisão de 2018, que reforçou o reconhecimento legal do direito das vítimas à indenização, e não na decisão de 2012. Essa nova leitura do caso permitiu que a reivindicação de Kim fosse admitida.

A autora da ação alegou que havia sido forçada a trabalhar em um estaleiro administrado por uma empresa japonesa em 1944, quando a Coreia ainda estava sob o domínio colonial japonês, obtendo uma vitória incomum para as vítimas de trabalho forçado.

No entanto, essa decisão não eliminou as dúvidas sobre se a Mitsubishi enfrentará a ordem de pagamento.

O governo japonês argumentou que todas as demandas de compensação financeira relacionadas a esse período foram resolvidas com a assinatura do tratado bilateral de 1965, pelo qual Seul e Tóquio retomaram as relações diplomáticas.

No entanto, os tribunais sul-coreanos continuaram a exigir o reconhecimento do direito das vítimas de buscar reparações individuais.

Esta notícia foi traduzida por um tradutor automático

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