MADRID 7 jun. (EUROPA PRESS) -
Um tribunal de apelações sul-coreano ordenou, no sábado, que a empresa japonesa Mitsubishi Heavy Industries Ltd. pague 100 milhões de won (aproximadamente 605.280 euros) de indenização a uma mulher de 107 anos que foi vítima de trabalho forçado durante a Segunda Guerra Mundial.
A decisão foi emitida pela divisão civil do Tribunal Distrital Central de Seul e contraria uma decisão anterior - de 2022 - que rejeitou a ação movida por Kim Han Soo, informou a agência de notícias sul-coreana Yonhap.
Como a ação foi movida em 2015, o judiciário sul-coreano decidiu que o pedido havia sido apresentado após o prazo legal, três anos após uma decisão importante da Suprema Corte da Coreia do Sul que reconheceu o direito das vítimas de buscar indenização.
Além disso, o tribunal de recursos reinterpretou sua leitura do estatuto de limitações, baseando-se, desta vez, em uma decisão de 2018, que reforçou o reconhecimento legal do direito das vítimas à indenização, e não na decisão de 2012. Essa nova leitura do caso permitiu que a reivindicação de Kim fosse admitida.
A autora da ação alegou que havia sido forçada a trabalhar em um estaleiro administrado por uma empresa japonesa em 1944, quando a Coreia ainda estava sob o domínio colonial japonês, obtendo uma vitória incomum para as vítimas de trabalho forçado.
No entanto, essa decisão não eliminou as dúvidas sobre se a Mitsubishi enfrentará a ordem de pagamento.
O governo japonês argumentou que todas as demandas de compensação financeira relacionadas a esse período foram resolvidas com a assinatura do tratado bilateral de 1965, pelo qual Seul e Tóquio retomaram as relações diplomáticas.
No entanto, os tribunais sul-coreanos continuaram a exigir o reconhecimento do direito das vítimas de buscar reparações individuais.
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