MADRID 9 nov. (EUROPA PRESS) -
O coordenador federal da IU, Antonio Maíllo, pediu neste domingo para "acelerar" os projetos de mobilização da esquerda diante do novo ciclo eleitoral e defendeu uma frente ampla para as próximas eleições gerais.
"Estamos convencidos de que só com um processo de mobilização que apele aos eleitores e às pessoas de esquerda é que se reúnem as condições de sucesso para as próximas eleições que se avizinham, incluindo as eleições gerais. Os projetos políticos que justificam a unidade no próximo ciclo, os acordos programáticos obrigatórios e as primárias como método de participação ampla e coletiva. É hora de acelerar esse processo e, sem dúvida, há melhores condições para isso", destacou Maíllo em seu relatório político, que apresentou neste domingo antes da reunião do Comitê de Coordenação Federal.
O partido enfatiza seu compromisso com uma frente "ampla", na qual as organizações políticas são parte da solução e projetam instrumentos que "incorporam o maior número possível de pessoas". "Há necessidade de políticas ousadas a serviço daqueles cujas vidas estão se tornando mais caras", disse Maíllo.
Maíllo percebe uma "mudança de humor na esquerda espanhola" estimulada pelas mobilizações "maciças" contra o "genocídio" de Israel em Gaza, a reação aos "ataques sistêmicos" da extrema direita contra a imigração e o feminismo, e o descontentamento com a gestão das comunidades autônomas pelo PP.
Na mesma linha, ele defendeu que se fale sobre os problemas reais da sociedade e se ofereçam soluções, e defendeu o envio da PGE para 2026 ao Congresso, orçamentos que são "impossíveis de rejeitar". Eles devem ser "expansivos, devem resolver e propor soluções para os principais problemas que temos", disse ele.
Por outro lado, ele criticou o "enésimo" descompromisso de Junts com relação à aprovação de leis, embora considere que eles sabem que qualquer materialização desse descompromisso "só seria construída com uma moção de censura e seu abraço ao PP". "O resto são fogos de artifício que não mudam a manutenção do governo", acrescentou.
Quanto à situação na Comunidade Valenciana, Maíllo saudou a "firmeza e dignidade" das famílias das vítimas da dana por tornar possível a renúncia de Mazón, a quem acusou de renunciar com a "mesma indecência" com que chegou e se manteve no poder. "O PP o está abandonando por causa de cálculos eleitorais, não por ética ou justiça. A única saída seria a convocação de eleições, mas o Partido Popular sabe que há um risco real de perder o poder e, portanto, prefere renovar o pacto com a Vox e nomear um novo presidente", disse ele.
Ele também considera que o escândalo do exame de câncer de mama na Andaluzia atrasará "o máximo possível" a convocação de eleições na Andaluzia. "Está claro que a erosão do governo de Moreno Bonilla está apenas começando", prevê ele. "A destruição de evidências clínicas ou a exclusão de dados para impedir a pesquisa é o início de uma abordagem transversal no funcionamento da direita, seja com a gestão da dana ou com o rastreamento do câncer de mama", diz ele.
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