MADRID 9 jun. (EUROPA PRESS) -
O Comitê Parlamentar para a Segurança da República do Parlamento italiano indicou em um relatório que as autoridades italianas rescindiram o contrato que tinham com a empresa israelense Paragon depois de suspendê-los devido à espionagem de pelo menos um jornalista.
"Após o escândalo, a AISE (Agência de Informação e Segurança Externa) e a AISI (Agência de Informação e Segurança Interna) decidiram, em 14 de fevereiro, suspender o uso do software de vigilância Graphite enquanto se aguardam as conclusões da comissão", diz o relatório oficial.
"Mas durante as investigações da Comissão nas agências, foi especificado que, após essa suspensão, foi tomada a decisão de rescindir o contrato com a Paragon em todos os casos", acrescentou.
A Paragon respondeu explicando que "ofereceu ao governo e ao parlamento italianos uma maneira de determinar se seu sistema foi usado contra o jornalista (Francesco Cancellato) de maneira contrária à lei italiana e aos termos do contrato". "Como as autoridades italianas optaram por não prosseguir com essa solução, a Paragon decidiu rescindir seus contratos na Itália.
Da oposição, o senador do Partido Democrático, Sandro Ruotolo, pediu a "reabertura do caso" em vista da disposição da Paragon em investigar. "O governo deve responder, investigar quem espionou os jornalistas", disse ele.
Para o Movimento Cinco Estrelas, o governo da primeira-ministra Giorgia Meloni "está evidentemente tentando esconder a verdade sobre quem foi espionado (...) como o jornalista Cancellato". "Não vamos parar até obtermos a verdade", advertiu o deputado do M5S, Francesco Silvestri.
O ex-primeiro-ministro e líder do partido Italia Viva, Matteo Renzi, acusou o governo Meloni de "destruir o estado de direito". "Há inúmeros exemplos, mas o caso Paragon é um dos mais sérios" por causa da "espionagem ilegal de jornalistas", lamentou.
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