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MADRID 5 nov. (EUROPA PRESS) -
O ministro da Diáspora de Israel, Amichai Chikli, lamentou na quarta-feira a eleição de Zohran Mamdani como prefeito da cidade norte-americana de Nova York e advertiu que sua vitória nas eleições fará com que "os judeus fujam" para Israel.
Ele acusou Mamdani de ser um "apoiador do Hamas" e pediu a todos os nova-iorquinos judeus que deixassem o país. "A cidade já foi um símbolo global de liberdade, mas agora está nas mãos de um apoiador do Hamas, alguém cuja postura não está muito distante da dos jihadistas fanáticos que mataram 3.000 pessoas há 25 anos", disse Chikli, referindo-se aos ataques de 11 de setembro de 2001.
"Este é um momento decisivo para a cidade. A decisão que eles (eleitores) tomaram enfraquece a base da construção de Nova York, um lugar que deu liberdade e oportunidade a inúmeros refugiados judeus no final do século 19, um lugar que se tornou a maior comunidade judaica fora de Israel", disse ele em uma declaração na mídia social.
Chikli disse que essa mudança "não aconteceu de repente". "Ela já começou com a atmosfera antissionista nos campi (...) e continua com as manifestações violentas dos partidários do Hamas", disse ele, apontando as universidades como locais de "apoio" ao grupo armado palestino. "Isso chegou ao auge esta manhã, quando o último dos bandidos que apoiavam os estupradores do Hamas foi eleito prefeito", disse ele.
"Nova York nunca mais será a mesma, especialmente para a comunidade judaica. A cidade está caminhando para o abismo, o mesmo abismo em que Londres já se encontra. Peço aos judeus de Nova York que reconsiderem seriamente a mudança para Israel", disse ele.
O embaixador de Israel nas Nações Unidas, Danny Danon, disse que a vitória de Mamdani "não deterá" os israelenses. "Suas palavras inflamadas não nos deterão. A comunidade judaica de Nova York e de todos os Estados Unidos merece segurança e respeito. Continuaremos a fortalecer nossos laços com os líderes dessa comunidade para garantir nossa segurança e bem-estar", disse ele.
Apesar das críticas, o próprio Mamdani garantiu que a cidade continuará a "combater o antissemitismo" sob sua liderança e prometeu "construir uma prefeitura que esteja ao lado dos nova-iorquinos judeus", e não "uma que hesite em combater o antissemitismo".
Ele também prometeu um senso de "pertencimento" aos mais de um milhão de muçulmanos que vivem na cidade, inclusive nos "centros de poder". "Nova York não será mais uma cidade onde você pode traficar islamofobia e ganhar uma eleição", disse ele.
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