Publicado 16/04/2025 06:00

Israel adverte que só permitirá a entrada de ajuda em Gaza por meio de mecanismos "civis" para contornar o controle do Hamas

13 de abril de 2025, Territórios Palestinos, Jabalia: Moradores palestinos e equipes de defesa civil realizam uma operação de busca e resgate em um prédio atacado pelo exército israelense em Jabalia, no centro da Faixa de Gaza. Foto: Omar Ashtawy/APA Imag
Omar Ashtawy/APA Images via ZUMA / DPA

MADRID 16 abr. (EUROPA PRESS) -

O ministro da Defesa de Israel, Israel Katz, deixou claro que seu governo não está considerando a possibilidade de suspender o atual bloqueio à ajuda humanitária na Faixa de Gaza, com o argumento de que isso reduziria a capacidade do Hamas de controlá-la, e defendeu, em vez disso, o estabelecimento de um novo mecanismo "civil" para facilitar a entrega de suprimentos e produtos básicos no futuro.

"A interrupção da ajuda humanitária reduz o controle do Hamas sobre a população", disse Katz em um comunicado, dando a entender que não haveria mudanças na atual operação militar na Faixa, por exemplo, em termos de evacuações forçadas ou do envio de tropas para as chamadas "zonas de amortecimento".

Ele vê isso como uma forma de "pressionar" o Hamas a aceitar as medidas propostas por Israel e seu principal aliado, os Estados Unidos, com o objetivo de garantir a libertação de todos os reféns restantes, por exemplo. Caso contrário, de acordo com Katz, as autoridades israelenses estão preparadas para "passar para as próximas etapas".

Mais tarde, o ministro ressaltou que sua declaração não implicava, de forma alguma, em uma retomada iminente das entregas de ajuda, embora governos estrangeiros e organizações humanitárias tenham defendido a suspensão do bloqueio. "A política de Israel é clara e nenhuma ajuda humanitária entrará em Gaza", enfatizou Katz, de acordo com o Times of Israel.

Nesse sentido, ele argumentou que a ajuda é "uma das principais ferramentas" de pressão e defendeu a organização de um mecanismo antes de qualquer mudança, com base em empresas civis, para facilitar a entrada de produtos básicos, contornando qualquer possível controle do Hamas.

Esta notícia foi traduzida por um tradutor automático

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