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MADRID, 3 nov. (EUROPA PRESS) -
O governo iraniano negou na segunda-feira que Omã tenha entregue uma mensagem dos Estados Unidos para retomar as negociações sobre seu programa nuclear e descartou que essa possibilidade esteja sobre a mesa, após a ofensiva lançada em junho por Israel contra o país da Ásia Central, que foi acompanhada por Washington com bombardeios contra três instalações nucleares.
O porta-voz do Ministério das Relações Exteriores do Irã, Esmaeil Baqaei, negou que Omã, que está mediando, tenha transmitido tal mensagem a Teerã. "Não houve nenhuma. É normal que os mediadores tentem preencher a lacuna, mas isso não implica o início de um processo de negociação entre o Irã e os EUA e não levará a um", disse ele.
Ele reiterou que a posição do Irã sobre possíveis negociações com os EUA é "clara" e enfatizou que "os direitos e interesses da nação iraniana devem ser respeitados". "Não abriremos mão unilateralmente de nossos direitos legítimos em nenhuma negociação", disse ele, de acordo com a agência de notícias iraniana Tasnim.
Baqaei insistiu que, se isso fosse respeitado e se houvesse uma posição de negociação realista, um diálogo poderia ser iniciado, embora ele tenha enfatizado que "as coisas não estão nesse estágio", devido ao fato de que os Estados Unidos "fazem exigências excessivas e não estabelecem limites", de modo que "não é razoável" esperar que os negociadores iranianos se sentem à mesa para tratar da situação.
As observações de Baqaei foram feitas um dia depois que a porta-voz do governo iraniano, Fatemé Mohajerani, disse que o Ministério das Relações Exteriores do Irã havia recebido mensagens dos EUA para reiniciar as negociações. "Darei detalhes sobre a natureza e o conteúdo dessas mensagens no devido tempo", disse ele.
O ministro das Relações Exteriores do Irã, Abbas Araqchi, disse em seu site de rede social X que "o Irã não matou a diplomacia". "Aqueles que explodiram a mesa de negociações fizeram isso", disse ele, referindo-se ao fato de que a ofensiva de Israel ocorreu em meio às negociações oficiais com os EUA sobre o programa nuclear do Irã.
Araqchi lembrou que o diretor geral da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA), Rafael Grossi, descartou que o Irã estivesse desenvolvendo armas nucleares, algo que Omã, "um mediador de confiança tanto do Irã quanto dos Estados Unidos", também fez.
"Israel atacou a diplomacia porque seu verdadeiro temor é o fracasso de seu projeto de demonizar o Irã", disse ele, antes de ressaltar que o presidente dos EUA, Donald Trump, "assumiu o cargo prometendo pôr fim à enganação de Netanyahu (primeiro-ministro israelense Benjamin) com Obama e Biden (ex-presidentes dos EUA)". "Não é tarde demais para mudar de rumo", acrescentou.
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