Teerã pede que a ONU "aja com urgência para levantar o cerco à Faixa de Gaza", alvo de uma ofensiva militar desde os ataques de 7 de outubro.
MADRID, 9 jun. (EUROPA PRESS) -
O governo iraniano acusou nesta segunda-feira Israel de "pirataria" pela abordagem do 'Madleen', um navio que faz parte da Flotilha da Liberdade e que levava ajuda humanitária à Faixa de Gaza, quando navegava nas águas do Mar Mediterrâneo.
"Esse navio zarpou há dias e ocorreu uma espécie de sequestro em águas abertas. O ataque a esse navio é claramente uma forma de pirataria, de acordo com a lei internacional", disse o porta-voz do Ministério das Relações Exteriores do Irã, Esmaeil Baqaei, durante uma coletiva de imprensa.
Ele enfatizou que o embarque "ocorreu com o objetivo de impedir que o genocídio (em Gaza) fosse interrompido, o que também é considerado um crime", antes de conclamar as Nações Unidas a "agir com urgência para levantar o cerco à Faixa", conforme relatado pela agência de notícias iraniana IRNA.
"Mesmo que essas pessoas (palestinos em Gaza) sobrevivam às bombas e balas, elas correm o risco de morrer de fome e falta de instalações médicas para tratar suas doenças", enfatizou, antes de argumentar que "não há desculpa para as instituições internacionais não agirem para impedir esses crimes (pelas autoridades israelenses)".
Horas antes, a Freedom Flotilla Coalition havia denunciado o embarque do 'Madleen' - no qual viajava o ativista espanhol Sergio Toribio - por tropas israelenses durante sua jornada rumo a Gaza, com a intenção de romper o bloqueio israelense e entregar ajuda humanitária ao enclave palestino.
Por sua vez, o Ministério das Relações Exteriores de Israel indicou na rede social X que "todos" os passageiros do 'Madleen' estão "sãos e salvos", em uma mensagem acompanhada de imagens de vídeo que mostram os voluntários usando coletes salva-vidas. "O 'show' acabou", disse ele sobre o que descreveu como um "iate de selfie" e um "iate de celebridades", depois de argumentar que o barco é, na realidade, "um golpe de mídia".
A Freedom Flotilla, que defende a importância da lei internacional por meio da desobediência civil e da ação não violenta, fez várias tentativas de entregar suprimentos à população de Gaza desde que Israel impôs um bloqueio marítimo ao enclave em 2007. Até o momento, a ofensiva israelense deixou cerca de 54.900 pessoas mortas, de acordo com as autoridades de Gaza controladas pelo Hamas.
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