MADRID 27 ago. (EUROPA PRESS) -
O governo iraniano advertiu que revisará o atual nível de colaboração com a Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) se os países europeus reativarem as sanções, uma possibilidade que a França, o Reino Unido e a Alemanha levantaram repetidamente como uma ferramenta para pressionar as autoridades iranianas.
Horas depois de Teerã ter confirmado o retorno ao país de uma equipe de inspetores da AIEA para supervisionar uma mudança de combustível na usina nuclear de Bushehr, o vice-ministro das Relações Exteriores do Irã, Kazem Gharibabadi, ressaltou que essa colaboração não é definitiva.
Em uma entrevista na televisão estatal, ele fez alusão à lei aprovada no parlamento para suspender a cooperação com a AIEA, um projeto adotado na esteira da ofensiva lançada por Israel contra o país da Ásia Central em junho, à qual os Estados Unidos se juntaram posteriormente.
Esse projeto, enfatizou Gharibabadi, ainda está em vigor e estabelece uma série de "linhas vermelhas" a serem levadas em consideração. Portanto, ele pediu a Londres, Berlim e Paris que não recorram ao mecanismo para reativar as sanções, pois isso teria consequências para as negociações em andamento com a agência internacional, de acordo com a agência de notícias Mehr.
CONTATOS COM OS ESTADOS UNIDOS
O Irã se reuniu com representantes dos três países europeus em Genebra na terça-feira para tentar construir pontes, enquanto a pressão dos Estados Unidos está aumentando.
O secretário de Estado dos EUA, Marco Rubio, falou na quarta-feira por telefone com os ministros das Relações Exteriores da França, Alemanha e Grã-Bretanha e, de acordo com Washington, "todos reiteraram seu compromisso de garantir que o Irã nunca desenvolva ou obtenha uma arma nuclear".
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