MADRID 5 nov. (EUROPA PRESS) -
Os principais candidatos a prefeito de Nova York que foram derrotados nas eleições de terça-feira, o independente Andrew Cuomo e o republicano Curtis Sliwa, reconheceram a vitória do democrata Zohran Mamdani, que obteve mais da metade dos mais de dois milhões de votos.
Seu principal rival nas eleições, Cuomo - que obteve pouco menos de 42% dos votos - reconheceu sua derrota em um discurso no qual disse estar "orgulhoso" de uma campanha que "foi a luta certa a ser travada" e que "buscou combater as filosofias que estão moldando o Partido Democrata, o futuro desta cidade e o futuro deste país".
Da mesma forma, o ex-governador democrata de Nova York enfatizou que sua candidatura, apoiada pelo presidente dos EUA, Donald Trump, "transcendeu a política partidária (e) uniu democratas, republicanos e independentes, unidos pelo simples fato de que sua primeira lealdade é como cidadãos da cidade de Nova York".
Cuomo disse que as promessas de Mamdani "não podem ser cumpridas" e parabenizou o vencedor da eleição, quando seus partidários responderam vaiando o prefeito eleito. O candidato independente repreendeu a atitude, ressaltando que "não somos assim" e prometeu "ajudar onde pudermos". "Precisamos que nosso governo da cidade de Nova York funcione", justificou.
Mamdani, que com sua vitória eleitoral se torna o primeiro prefeito muçulmano de Nova York, desejou a Cuomo "o melhor em sua vida privada" em um discurso de comemoração no qual expressou sua esperança de que "esta noite será a última vez que pronunciarei seu nome, ao virarmos a página de uma política que abandona a maioria e atende apenas a poucos", enfatizou.
Por sua vez, o republicano Curtis Sliwa - com apenas 7% dos votos - prometeu continuar seu movimento e "não abandonar" a cidade, diante de um grupo de apoiadores reunidos em um bar local. Apesar disso, ele reconheceu a derrota como um "revés" e descartou a possibilidade de concorrer novamente à prefeitura.
"Nós não temos preço. Não podemos ser comprados, alugados ou arrendados; não estamos à venda. Nós somos o povo", enfatizou em um discurso relatado pela CNN, no qual desejou sorte a Mamdani: "Se ele se sair bem, nós também nos sairemos".
No entanto, Sliwa disse que ficaria de olho no governo democrata, alertando para mobilizações "se eles tentarem implementar o socialismo, se tentarem enfraquecer e incapacitar nossa polícia, se abandonarem a segurança pública do povo". "Nós nos tornaremos o pior inimigo do prefeito eleito e de seus apoiadores", prometeu ele no cenário hipotético.
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