MADRID 6 jun. (EUROPA PRESS) -
A Fundação Humanitária de Gaza (GHF), apoiada por Israel e pelos Estados Unidos para administrar a distribuição de ajuda humanitária na Faixa de Gaza, anunciou nesta sexta-feira um novo fechamento de todos os seus centros de distribuição de ajuda no enclave e pediu à população que se afaste desses locais "para sua segurança".
"Gostaríamos de informá-los que todos os pontos de distribuição de ajuda estão fechados. Por favor, fiquem longe dos locais de distribuição para sua segurança", disse ele em uma breve mensagem publicada em sua conta no Facebook, na qual indicou que a data de abertura seria anunciada mais tarde, sem fornecer detalhes ou um cronograma para as operações.
A agência disse no final da quinta-feira que havia entregue cerca de 25.000 pacotes de alimentos em dois pontos de entrega durante o dia, antes de garantir que estava "trabalhando para aumentar as quantidades diárias e os caminhões com o objetivo de atingir 4,5 milhões de refeições distribuídas diariamente".
Desde então, a GHF, com sede na Suíça, vem sendo criticada pela ONU e por outras organizações humanitárias por violar os padrões internacionais de neutralidade na distribuição de ajuda e por ser vista como líder de um plano questionável que envolve a presença em Gaza de segurança privada e do exército israelense para proteger o perímetro dos pontos de entrega de alimentos.
As autoridades de Gaza, controladas pelo Movimento de Resistência Islâmica (Hamas), relataram mais de 100 mortes causadas por disparos das tropas israelenses durante a entrega de ajuda nesses pontos, o que levou o secretário-geral da ONU, António Guterres, a pedir uma investigação "imediata" e "independente" desses incidentes.
A ofensiva de Israel, lançada após os ataques do Hamas e de outras facções palestinas em 7 de outubro de 2023 - que deixaram cerca de 1.200 mortos e quase 250 sequestrados, de acordo com o governo israelense - matou até agora mais de 54.650 pessoas e feriu 125.500, disseram as autoridades palestinas na quinta-feira, embora se tema que o número seja maior.
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