Publicado 01/12/2025 03:30

HRW pede que os países do TPI defendam o tribunal diante dos ataques dos EUA, Rússia e outros

Archivo - 29 de setembro de 2025, Washington, Distrito de Columbia, EUA: O presidente dos Estados Unidos, Donald J. Trump, à direita, e o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyhu, à esquerda, falam em uma coletiva de imprensa na Sala de Jantar da Ca
Europa Press/Contacto/Jim LoScalzo - Pool via CNP

MADRID 1 dez. (EUROPA PRESS) -

A Human Rights Watch (HRW) pediu nesta segunda-feira aos países membros do Tribunal Penal Internacional (TPI) que "se mantenham firmes" em sua defesa do tribunal, bem como que apliquem as decisões contra os membros que não prendam e entreguem os indivíduos procurados pelo tribunal, ao mesmo tempo em que destacou os Estados Unidos e a Rússia por "atacá-lo".

Em um comunicado, a HRW acusou "os Estados Unidos e a Rússia, entre outros países" de atacar o TPI "determinados a minar seu mandato". Em resposta, a diretora de justiça internacional da Human Rights Watch, Liz Evenson, pediu aos Estados membros que "permaneçam firmes em sua defesa do tribunal para que a justiça justa continue sendo um elemento fundamental da ordem internacional baseada em regras".

"Os esforços do governo para enfraquecer o TPI refletem ataques mais amplos ao estado de direito global, com o objetivo de enfraquecer as instituições que buscam responsabilizar os responsáveis pelos piores crimes", disse ela, argumentando sobre a necessidade de os estados-membros, que iniciam a 24ª sessão da assembleia dos estados-partes em Haia na segunda-feira, protegerem o tribunal.

Dessa forma, a ONG apontou o dedo para a administração de Donald Trump nos Estados Unidos por impor sanções contra funcionários do tribunal "em um ataque à justiça e ao estado de direito internacional". A ONG alertou que, se essas medidas "não forem controladas, (...) elas podem representar um sério retrocesso na luta global contra a impunidade".

A HRW também destacou a Rússia por seus mandados de prisão emitidos em 2023 e 2024 contra vários acusados pelo TPI, e a Itália, a Hungria e o Tajiquistão por não "cooperarem com a prisão de pessoas procuradas pelo Tribunal que estavam em seu território", lembrando o caso específico de Budapeste por "não prender o primeiro-ministro israelense Benjamin Netanyahu durante sua visita em abril".

"O TPI tem deficiências, mas continua sendo o tribunal de último recurso para milhares de vítimas e suas famílias que não têm mais a quem recorrer", disse Evenson. "Ao permanecerem unidos em sua sessão anual, os países do TPI podem enviar uma mensagem alta e clara de que permanecerão firmes e implacáveis na luta pela justiça", acrescentou, em uma declaração que também defende a aprovação de um orçamento com fundos suficientes para garantir a "resiliência" do tribunal, bem como seu mandato.

Esta notícia foi traduzida por um tradutor automático

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