Europa Press/Contacto/Liau Chung-ren
MADRID 12 dez. (EUROPA PRESS) -
As autoridades de Hong Kong anunciaram nesta sexta-feira a comissão de inquérito que se encarregará de analisar uma das maiores tragédias da história recente do território, o incêndio ocorrido em 26 de novembro nos apartamentos Wang Fuk Court, no distrito de Tai Po, que deixou pelo menos 160 mortos.
A comissão será chefiada pelo juiz do Tribunal Superior de Hong Kong, David Lok, "e iniciará formalmente seu trabalho no final deste mês, com a perspectiva de concluí-lo dentro de nove meses após o início de sua tarefa", de acordo com uma declaração divulgada pelo governo do território em seu site.
A comissão examinará todos os aspectos da tragédia, começando com os motivos que aceleraram a propagação das chamas (supostamente atribuídos aos materiais de reparo de proteção do edifício), a resposta dos bombeiros ao pedido de ajuda e terminando com a situação legal das obras.
Com base nas conclusões de sua análise, a comissão fará uma série de propostas ao executivo-chefe do território, John Lee, para desenvolver, como ele prometeu ao público, uma série de "reformas de longo alcance para evitar a recorrência de incidentes semelhantes".
Durante o anúncio da comissão, Lee advertiu que o juiz investigador enfrenta uma "tarefa hercúlea" e que nove meses ainda é um prazo muito curto. "O fato é que eu quero resolver essa questão o mais rápido possível e decidi estabelecer um prazo que considero realista, desde que a comissão tenha meios suficientes para agir", disse ele.
"É uma grande responsabilidade e um desafio em apenas nove meses, mas todos eles têm a paixão e o amor por Hong Kong para assumir essa responsabilidade com tanta coragem. Sou profundamente grato a eles. Tiro o chapéu para eles", concluiu Lee.
As autoridades anticorrupção estão investigando diretamente 13 pessoas ligadas ao incêndio sob suspeita de homicídio por negligência, incluindo os diretores e um consultor de engenharia de uma empresa de construção responsável pela reforma do edifício.
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