Europa Press/Contacto/Maksim Konstantinov
MADRID 13 dez. (EUROPA PRESS) -
O governo hondurenho denunciou nesta sexta-feira - através de Notas Oficiais - a suposta interferência do governo dos Estados Unidos, liderado por Donald Trump, nas disputadas eleições presidenciais que ocorreram no final de novembro, sem que os resultados oficiais tenham sido publicados até o momento.
"Por instruções da presidente (cessante) Xiomara Castro, o Ministério das Relações Exteriores enviou notas oficiais denunciando a interferência em nossas eleições pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump. Também a coerção sofrida pela população por meio de ameaças de grupos criminosos e a falha no sistema de transmissão e divulgação dos resultados eleitorais", anunciou o 'número dois' do Ministério das Relações Exteriores de Honduras, Gerardo Torres Zelaya, em uma publicação no X.
Especificamente, explicou Torres, as autoridades hondurenhas emitiram um total de seis cartas endereçadas respectivamente ao Secretário Geral da ONU, António Guterres; ao Secretário Geral da OEA, Albert Ramdin; ao Alto Comissário da ONU para Direitos Humanos, Volker Türk; à chefe do Ministério de Relações Exteriores da Colômbia, Rosa Yolanda Villavicencio; à Presidência Pro Tempore da CELAC; ao Ministro de Relações Exteriores do Panamá, Javier Martínez-Acha; à Presidência Pro Tempore da ACS e ao Representante Permanente da Suíça nas Nações Unidas em Genebra, Embaixador Jürg Lauber, Presidente do Conselho de Direitos Humanos.
Esse anúncio ocorre apenas alguns dias depois que a própria Xiomara Castro condenou na terça-feira a interferência do ocupante da Casa Branca nas últimas eleições presidenciais realizadas no país latino-americano. "Ele violou o princípio mais sagrado de nossa Constituição: a soberania reside no povo, exclusivamente no povo hondurenho", disse ela em referência a Trump.
Nesse contexto, Castro anunciou no início desta semana que denunciaria essas ações, que ele descreve como um "golpe eleitoral", perante a ONU, a UE e outros órgãos internacionais, lembrando que Trump - que pediu o voto para o candidato do Partido Nacional conservador, Nasry Asfura - "ameaçou" o povo hondurenho com consequências se votasse no Partido Libre.
Mais de uma semana após a eleição, a contagem de votos, que ainda não foi finalizada, mostra Asfura como o candidato com mais votos, com 40,53% dos votos, contra Salvador Nasralla, que tem 39,1% dos votos. O candidato pró-governo está bem atrás, com 19,30% dos votos. Enquanto a contagem continua, Nasralla denunciou "roubo" e "fraude".
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