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MADRID 7 dez. (EUROPA PRESS) -
O presidente israelense, Isaac Herzog, defendeu neste sábado que a decisão sobre um possível indulto ao primeiro-ministro Benjamin Netanyahu - acusado de corrupção - corresponde exclusivamente às autoridades israelenses, rejeitando os pedidos do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, e assegurou que qualquer decisão sobre o assunto será tomada tendo em mente o benefício do povo israelense.
Herzog disse ao site americano Politico que, embora valorize a amizade e a opinião de Trump, bem como seu papel na libertação dos reféns em Gaza, Israel é um país soberano e deve manter a total independência de seu sistema judicial.
"Meu escritório já recebeu o pedido de perdão, como você sabe. Há um processo que passa pelo Ministério da Justiça, pelo meu consultor jurídico e assim por diante. Esse é certamente um pedido extraordinário e, ao lidar com ele, considerarei os melhores interesses do povo israelense. O bem-estar do povo israelense é minha primeira, segunda e terceira prioridade", acrescentou.
Netanyahu está sendo julgado há mais de cinco anos por acusações de fraude, quebra de confiança e suborno. Durante esse período, Trump pediu repetidamente a Herzog que lhe concedesse um perdão, mais recentemente em uma carta enviada ao presidente hebreu na quarta-feira e divulgada pelo gabinete presidencial israelense.
Na carta, Trump reconheceu a independência do judiciário israelense, mas observou que as acusações contra Netanyahu tinham motivação política.
Anteriormente, durante sua visita ao país em outubro do ano passado, o magnata nova-iorquino já havia pedido que tal medida fosse adotada, minimizando a importância do fato de o líder israelense ter aceitado presentes de bilionários.
O julgamento de Netanyahu começou em maio de 2020 e se concentra em três casos de corrupção separados, nos quais ele é acusado de fraude, quebra de confiança e aceitação de subornos. O mais grave deles, conhecido como Caso 4000, alega que o primeiro-ministro usou seu cargo para beneficiar o acionista majoritário da gigante das telecomunicações Bezeq em troca de uma cobertura favorável em um site de notícias popular, uma acusação que ele negou.
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