MADRID, 22 nov. (EUROPA PRESS) -
O movimento islâmico palestino Hamas declarou sua rejeição diametral à nova lei sobre eleições locais declarada pela Autoridade Palestina, o governo palestino na Cisjordânia, que descreveu como uma "tentativa de excluir as forças nacionais", como as lideradas pelo Hamas em Gaza, ao forçar os candidatos a se submeterem a condições que representam um "ato de submissão" virtual a Israel.
O decreto-lei anunciado na quarta-feira pelo presidente da AP, Mahmoud Abbas, aplica um sistema de representação única nos conselhos locais e usa representação proporcional e listas abertas nos governos municipais.
O Hamas se queixou de que, no último caso, a nova lei estipula como requisito que os candidatos aos conselhos municipais sigam "o programa da Organização para a Libertação da Palestina".
O movimento islâmico, que criticou repetidamente o que considera moderação excessiva da OLP, que inclui o partido Fatah, do presidente Abbas, "praticamente significa exigir o reconhecimento da ocupação israelense como pré-requisito para a candidatura".
Para o Hamas, essa exigência representa "uma grave violação do direito dos cidadãos de eleger livremente seus representantes".
Em sua declaração de repúdio, o Hamas vê a lei como uma clara tentativa de excluir as "forças nacionais, islâmicas e independentes" que hoje constituem uma presença significativa em municípios importantes como Hebron, al-Bireh e Tulkarem, bem como "sua presença ativa em municípios como Nablus e outros".
O movimento considera ainda que essa legislação busca "mudar o mapa municipal de forma a atender aos interesses de um grupo específico dentro da autoridade e do movimento Fatah, e está alinhada com as pressões israelenses e norte-americanas", em um contexto de "submissão às pressões internacionais que visam criar um ambiente palestino enfraquecido, alinhado com os projetos da Autoridade Palestina".
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