MADRID 24 nov. (EUROPA PRESS) -
O Movimento de Resistência Islâmica (Hamas) reiterou nesta terça-feira sua disposição de começar a implementar a segunda fase da proposta norte-americana para a Faixa de Gaza e indicou que isso é "complexo", dadas as "contínuas violações" de Israel ao acordo alcançado em outubro, incluindo a implementação de um cessar-fogo, em vigor desde 10 de outubro.
O porta-voz do grupo islâmico, Hazem Qasem, enfatizou que o envio de uma delegação ao Egito para tratar da situação "mostra que o Hamas está levando a sério a cooperação com os mediadores para passar à segunda fase do acordo de cessar-fogo". "Os caminhos para a segunda fase são complexos e nós fizemos o que era necessário em troca das contínuas violações e do não cumprimento por parte de Israel", lamentou.
Ele disse que essas ações de Israel "podem minar o acordo de cessar-fogo" e enfatizou que a comunidade internacional "deve incluir entre suas tarefas a separação do povo palestino indefeso do exército de ocupação, que continua sua agressão", de acordo com o jornal palestino Filastin.
Qasem acusou as tropas israelenses de realizarem "uma operação de limpeza étnica" em várias áreas da Faixa como parte de "sua guerra de extermínio". "Há um claro aumento nos ataques a civis por parte da ocupação fora da 'linha amarela'", disse ele, referindo-se à área para a qual suas forças se retiraram após o acordo.
As autoridades de Gaza, controladas pelo Hamas, estimam em 340 o número de pessoas mortas e 871 feridas em ataques israelenses desde 10 de outubro, e pediram aos mediadores que pressionem o governo israelense a interromper esses ataques. Eles também afirmam que 574 corpos foram recuperados dos escombros durante esse período.
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