MADRID 11 abr. (EUROPA PRESS) -
O Movimento de Resistência Islâmica (Hamas) denunciou nesta sexta-feira o "abuso brutal e sistemático" de Israel contra os prisioneiros palestinos e disse que a recente libertação de um jovem que foi preso quando tinha treze anos e passou uma década na cadeia é uma prova das "violações flagrantes" contra os detentos.
"O abuso brutal e sistemático de prisioneiros nas prisões de ocupação sionista, incluindo os libertados, (...) são atos sádicos e fascistas que só podem ser perpetrados por uma autoridade de ocupação ilegítima e instável", disse o grupo islâmico em um comunicado.
Ele afirmou que esses atos "são uma violação flagrante dos princípios mais básicos dos direitos humanos" e disse que Ahmed Manasra, libertado na quinta-feira, "é a prova dos crimes da ocupação criminosa contra os prisioneiros palestinos e das violações flagrantes às quais as crianças palestinas são submetidas".
"Pedimos à comunidade internacional e às instituições de direitos humanos da ONU (...) que assumam a responsabilidade de documentar essas violações brutais contra nossos prisioneiros", enfatizou.
Ele pediu que "intervenham com urgência" para proteger os prisioneiros e "trabalhem para tentar condenar os líderes da ocupação por seus crimes contra a humanidade, que não têm precedentes", conforme relatado pelo jornal palestino 'Filastin'.
Manasra foi libertado depois de quase uma década na prisão por supostamente ter esfaqueado dois israelenses ao norte de Jerusalém, após o que a diretora da Anistia Internacional para o Oriente Médio e Norte da África, Heba Morayef, enfatizou que "nada pode reparar os anos de injustiça, abuso, trauma e maus-tratos que ele sofreu atrás das grades".
"Expressamos nossa mais profunda esperança de que ele se recupere do profundo trauma que sofreu. Ele deve ter acesso adequado aos cuidados médicos de que necessita em sua terra natal, Jerusalém Oriental, sem discriminação, e ele e sua família devem ser protegidos de todas as formas de intimidação e abuso", afirmou, antes de denunciar os "terríveis maus-tratos" sofridos pelo jovem durante seu período na prisão.
Manasra passou um total de nove anos e meio na prisão por acusações que sempre foram duvidosas, já que até mesmo os tribunais consideraram que ele não estava envolvido nos esfaqueamentos. Após sua prisão, o adolescente foi interrogado sob ameaça, sem a presença de um advogado ou de seus pais.
Esta notícia foi traduzida por um tradutor automático