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MADRID 12 mar. (EUROPA PRESS) -
O Movimento de Resistência Islâmica (Hamas) advertiu nesta quarta-feira sobre o risco de "uma seca catastrófica" na Faixa de Gaza como resultado da decisão do governo israelense de cortar o fornecimento de eletricidade ao enclave, um ato que descreveu como "um crime de guerra".
O grupo lembrou que o corte de energia "está em vigor há mais de 16 meses", em referência ao início da ofensiva israelense contra Gaza após os ataques de 7 de outubro de 2023, mas acrescentou que isso se soma ao "corte da linha que fornecia eletricidade à usina de dessalinização em Deir al-Bala", no centro da Faixa.
"O governo do terrorista (primeiro-ministro israelense Benjamin) Netanyahu, convocado pelo Tribunal Penal Internacional (TPI), continua a cometer punição coletiva sem precedentes contra mais de dois milhões de pessoas na Faixa de Gaza", disse ele, de acordo com o jornal palestino Filastin.
Ele disse que "cortar a água e a eletricidade de Gaza e impedir a entrada de alimentos, ajuda e suprimentos médicos nos últimos onze dias é uma grave violação do acordo de cessar-fogo e uma violação flagrante do direito humanitário internacional".
"O silêncio da comunidade internacional e seu fracasso em assumir sua responsabilidade moral e legal por esses crimes (...) apenas encoraja a ocupação a continuar suas políticas criminosas", disse ele, antes de conclamar a ONU e os países árabes a "agirem urgentemente para acabar com esses crimes brutais".
O governo israelense impôs essas medidas diante da recusa do Hamas em aceitar sua exigência de estender a primeira fase do cessar-fogo, em vigor desde 19 de janeiro, algo não previsto inicialmente, em meio aos esforços dos mediadores para superar as exigências feitas por Israel e passar para a segunda fase do pacto.
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