MADRID 2 jul. (EUROPA PRESS) -
O secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres, lamentou nesta quarta-feira a decisão do governo venezuelano de declarar o alto comissário da ONU para os Direitos Humanos, Volker Turk, 'persona non grata', embora não tenha recebido confirmação oficial dessa decisão.
Por meio de seu porta-voz, Stéphane Dujarric, Guterres reiterou sua "total confiança" em Turk e sua equipe, bem como o compromisso das Nações Unidas de continuar colaborando com o governo de Nicolás Maduro em benefício dos venezuelanos "mais vulneráveis", tanto dentro quanto fora do país.
Guterres pediu às autoridades venezuelanas que cumpram suas obrigações de acordo com o direito internacional e expressou sua "profunda preocupação" com os relatos de "detenções arbitrárias" de figuras da oposição, defensores dos direitos humanos, jornalistas e estrangeiros.
"Nesse contexto, o trabalho do Escritório do Alto Comissariado na Venezuela continua sendo vital", enfatizou Guterres.
No dia anterior, o Parlamento venezuelano declarou Turk persona non grata, considerando que ele estava "sujando" o escritório do Alto Comissário, depois que ele publicou esta semana um relatório muito duro sobre a situação dos direitos humanos no país, no qual denunciou casos de detenções e desaparecimentos.
A Venezuela acusa Turk de ter motivações políticas e o reprova por fazer vista grossa quando abusos foram cometidos contra cidadãos venezuelanos em países como El Salvador ou nos Estados Unidos, com as recentes batidas contra migrantes.
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