Publicado 04/11/2025 08:07

Guterres expressa "profunda preocupação" com as "contínuas violações" do cessar-fogo em Gaza

Ele diz que "todas as partes devem cumprir" o acordo e pede um caminho político "confiável" para a formação do Estado palestino.

Archivo - Arquivo - Secretário-Geral das Nações Unidas, António Guterres, durante a 80ª Assembleia Geral da ONU em Nova York, em setembro de 2025 (arquivo)
Europa Press/Contacto/Lev Radin - Arquivo

MADRID, 4 nov. (EUROPA PRESS) -

O secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres, expressou nesta terça-feira sua "profunda preocupação" com as "contínuas violações" do cessar-fogo na Faixa de Gaza, que entrou em vigor no dia 10 de outubro após o acordo entre Israel e o Movimento de Resistência Islâmica (Hamas) para a implementação da primeira fase da proposta norte-americana para o enclave palestino.

"Eles devem parar e todas as partes devem implementar as decisões da primeira parte do acordo de paz", disse Guterres, do Catar, antes de enfatizar que "não devemos esquecer a necessidade de estabelecer um caminho político confiável para acabar com a ocupação, realizar o direito do povo palestino à autodeterminação e avançar em direção a uma solução de dois estados que permita que israelenses e palestinos vivam em paz e segurança".

Ele enfatizou que as Nações Unidas "estão ativamente envolvidas" nos esforços para "garantir que a ajuda humanitária aumente drasticamente e chegue a toda a população de Gaza". "Devo dizer que os Estados Unidos ajudaram a fazer com que Israel removesse, pelo menos progressivamente, alguns dos obstáculos e dificuldades remanescentes para permitir que a ajuda humanitária seja tão grande quanto deveria ser.

"Temos sido muito ativos no apoio ao princípio de que o cessar-fogo deve ser mantido, que todas as partes devem cumpri-lo e que deve haver uma conexão entre Gaza e a Cisjordânia para que a próxima etapa (da proposta dos EUA) seja iniciada", disse ele, enfatizando a necessidade de que isso leve a "uma solução de dois Estados e ao reconhecimento de um Estado palestino independente".

"Nossa posição tem sido muito clara, portanto não depende da cooperação com um país ou outro. Ela tem a ver com a defesa dos princípios básicos que devem ser respeitados por todas as partes", explicou Guterres, que enfatizou que a força internacional que será enviada para gerenciar a situação em Gaza "deve ter a legitimidade de um mandato do Conselho de Segurança (da ONU)".

Nesse sentido, ele confirmou as "discussões" sobre a criação de uma força internacional e destacou que "seria importante ter o treinamento e a formação de uma força policial palestina". "Essa transição deve levar a uma situação em que os dois lados - em referência a Gaza e à Cisjordânia - estejam unidos e a Autoridade Palestina exerça sua autoridade total", acrescentou.

"Esse é o caminho para a solução de dois Estados, como eu disse. Neste momento, o que está sendo discutido nas reuniões entre os membros do Conselho de Segurança é em relação a uma força para, digamos, consolidar o cessar-fogo", disse ele da capital do Catar, Doha, onde está participando da segunda Cúpula Mundial para o Desenvolvimento Social.

Esta notícia foi traduzida por um tradutor automático

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