Publicado 14/04/2025 20:59

Guterres diz estar "profundamente alarmado" com o ataque israelense ao hospital Batista de Gaza

Ataque israelense ao Hospital Batista Al Ahli na Cidade de Gaza
Europa Press/Contacto/Rizek Abdeljawad

MADRID 15 abr. (EUROPA PRESS) -

O secretário-geral da ONU, António Guterres, expressou seu "profundo alarme" com o ataque do exército israelense ao Hospital Batista Al Ahli, na cidade de Gaza, no norte da Faixa de Gaza, que resultou na morte de uma criança cujo tratamento foi interrompido quando o centro ficou "fora de serviço" como resultado do bombardeio.

"Guterres está profundamente alarmado com o ataque de domingo das forças israelenses ao Hospital Al Ahli, que tornou inútil o hospital na Cidade de Gaza e desferiu um duro golpe no já devastado sistema de saúde da Faixa", disse o porta-voz do secretário-geral da ONU, Stéphane Dujarric.

Ele lembrou que, de acordo com a lei humanitária internacional, os feridos e doentes, a equipe médica e as instalações médicas, incluindo os hospitais, devem ser respeitados e protegidos. "Os suprimentos médicos estão se esgotando, enquanto as muitas vítimas continuam a sobrecarregar os hospitais", alertou.

O chefe da ONU expressou "mais uma vez sua profunda preocupação com o contínuo bloqueio de ajuda, já que Israel não permite a entrada de ajuda humanitária e outros suprimentos essenciais há mais de sete semanas", enquanto quase 70% da população está sob ordens de deslocamento emitidas por Israel, "deixando os palestinos em Gaza sem nenhum lugar seguro para ir e com pouquíssimas opções de sobrevivência".

"As consequências humanitárias são devastadoras: os estoques de alimentos estão acabando, a produção de água está sendo drasticamente reduzida e os materiais de abrigo secaram quase completamente", enfatizou.

Ele lembrou que a potência ocupante tem o dever de fornecer planos de ajuda em nome da população de um território ocupado que carece de suprimentos, e reiterou que a ONU "não participará de nenhum mecanismo de fornecimento de ajuda que não respeite totalmente os princípios humanitários de humanidade, imparcialidade, independência e neutralidade".

"Os civis devem ser respeitados e protegidos em todos os momentos e devem ter os recursos básicos para sobreviver. Todos os reféns devem ser libertados imediata e incondicionalmente. O cessar-fogo deve ser restaurado e renovado sem demora", enfatizou.

O exército israelense confirmou o bombardeio do hospital, alegando que a instalação estava sendo usada pelo Movimento de Resistência Islâmica (Hamas) "para planejar e executar conspirações terroristas", acusações que as autoridades de Gaza rejeitaram como "ridículas".

Esta notícia foi traduzida por um tradutor automático

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