Europa Press/Contacto/Lucio Tavora
MADRID 9 dez. (EUROPA PRESS) -
O secretário-geral da ONU, António Guterres, denunciou nesta terça-feira que os rebeldes houthis iemenitas encaminharam o pessoal das Nações Unidas a um tribunal "especial", depois que as autoridades insurgentes do Iêmen detiveram quase 60 deles sob a acusação de espionagem para ajudar Israel em seus ataques a altos funcionários.
"Pedimos às autoridades 'de fato' que rescindam o encaminhamento e trabalhem de boa fé para a libertação imediata de todos os funcionários detidos da ONU, ONGs e comunidade diplomática", disse o porta-voz de Guterres, Stephane Dujarric, em um comunicado.
O chefe da ONU expressou sua "profunda preocupação com a contínua detenção arbitrária de 59 membros da equipe da ONU" e denunciou que eles foram mantidos incomunicáveis, alguns por anos, sem o devido processo, em violação ao direito internacional.
A esse respeito, lembrou que o pessoal da ONU, inclusive os cidadãos iemenitas, gozam de imunidade de acusação em relação a todos os atos praticados por eles no exercício de suas funções oficiais. Por fim, ele reiterou que eles continuam "comprometidos em apoiar o povo do Iêmen e em fornecer assistência humanitária com princípios".
O Iêmen está em caos há mais de uma década, período durante o qual os rebeldes consolidaram seu poder e expandiram seu raio de ameaça. Os Houthis, aliados do Irã, intensificaram seus ataques a Israel nos últimos dois anos em retaliação à ofensiva militar na Faixa de Gaza.
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