MADRID 24 nov. (EUROPA PRESS) -
O Departamento de Defesa dos Estados Unidos anunciou na segunda-feira que abriu um processo contra o senador Mark Kelly, que pediu a desobediência de quaisquer ordens ilegais no contexto dos ataques mortais a supostos navios de tráfico de drogas no Caribe e no Pacífico. A investigação pode levar a uma corte marcial.
O Pentágono recebeu "sérias alegações de conduta inapropriada" e abriu uma "revisão minuciosa" do vídeo em que Kelly e cinco outros congressistas - Elissa Slotkin, Jason Crow, Maggie Goodlander, Chris Deluzio e Chrissy Houlahan - pediram aos soldados que "recusassem ordens ilegais".
"Ninguém precisa cumprir ordens que sejam contrárias à lei ou à nossa Constituição. Saibam que nós os apoiamos. Não abandonem o barco", disseram eles.
Agora, o Departamento de Guerra - o nome do governo Trump para o departamento - abriu um processo para "decidir quais ações tomar, que podem incluir uma convocação para o serviço ativo para uma corte marcial ou ação administrativa", explicou a agência em um comunicado publicado nas mídias sociais.
"Esse assunto será tratado de acordo com a lei militar e garantindo o devido processo e a justiça (...). Os comentários oficiais são limitados para preservar a integridade dos procedimentos", observa.
Após a divulgação do vídeo, o presidente dos EUA, Donald Trump, chamou Kelly e os outros congressistas na gravação de "traidores" e atribuiu a eles um "comportamento sedicioso punível com a morte". Desde então, os congressistas relataram ameaças "perturbadoras".
Kelly era da Marinha dos EUA e se aposentou com a patente de capitão. Ele serviu em duas missões no Golfo Pérsico e também foi instrutor na Escola de Pilotos Navais. Ele estaria sujeito ao Código Uniforme de Justiça Militar somente se fosse convocado como reservista.
Pelo menos 83 pessoas foram mortas nas últimas semanas em ataques militares dos EUA a embarcações suspeitas de tráfico de drogas em águas do Caribe e do Pacífico, ações condenadas pela ONU e por organizações de direitos humanos como execuções extrajudiciais.
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